Resumo:
As mesmas condições climáticas que favorecem a produção de distintos cafés brasileiros ocasiona as intempéries, cujas precipitações sobre os cafés já colhidos e dispostos em terreiros, ocasionam perda de qualidade. O presente trabalho teve como objetivo avaliar sensorialmente o café arábica, produzido em Nova Resende na Região Sul de Minas Gerais, processado pelo método “natural” e que após reumedecimento para induzir a fermentação foi tratado com os produtos sanitizantes hipoclorito de sódio, cal hidratada e cloreto de benzalcônio. Utilizaram-se as dosagens de 0%, 50%, 100%, 200% e 400% das doses recomendadas para cada produto. Após a secagem, o descanso e o beneficiamento foi realizada a avaliação sensorial conforme protocolo da SCAA, 2009. Os dados obtidos foram analisados pelo software Sisvar 4.0 (FERREIRA, 2000) e as médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott, a 5% de probabilidade. Para as amostras tratadas com cal hidratada observou-se a ocorrência de sabores desagradáveis na bebida que ocasionaram uma influência negativa na avaliação dos atributos ausência de defeitos, geral, total e pontuação final. Não houve interferência do cloreto benzalcônio na qualidade do café e a água sanitária promoveu um aumento na pontuação dos atributos acidez e equilíbrio. A comparação entre as dosagens e os tratamentos com água sanitária permitiu observar que e o atributo geral aumenta de acordo com o aumento das dosagens.