Resumo:
Tradicionalmente, o melhoramento do café arábica é conduzido no sentido de lançar variedades geneticamente estáveis. Este procedimento tem dado enormes contribuições à cafeicultura no Brasil, com lançamento nas últimas décadas de algumas dezenas de variedades com as mais distintas características. Entretanto, este processo é extremamente demorado, levando até trinta anos para o lançamento de uma nova variedade. Os programas de melhoramento têm produzido plantas híbridas F1 e F2 extremamente promissoras do ponto de vista agronômico, que combinam resistência a doenças e tolerância a pragas, que não têm sido aproveitadas para avaliação no campo porque ainda não se dispunha de um protocolo viável de clonagem. Com o desenvolvimento, nas últimos décadas, de processos de clonagem via embriogênese somática, é possível se pensar na exploração da heterozigose em café, com o desenvolvimento de variedades híbridas.