The purpose of this study was to gain further insight into how the natural coffee flavor profile develops during processing. This was done by analyzing how the presence of the pericarp, removed at different times throughout the coffee drying, affected the chemical composition of green coffee beans and the resulting flavor in the coffee beverage. Coffee fruit was selectively harvested from a high- altitude coffee field outside of Cristina, Minas Gerais, Brazil, picking only ripe fruit. This fruit was subjected to hydraulic separation of floaters and then further hand selection to ensure the lot contained only ripe, undamaged coffee fruit. Part of the lot was separated and processed as a wet process coffee. It was pulped, removing the epicarp and part of the mesocarp, and manually washed with fresh water to remove any remaining mesocarp (mucilage). The remaining fresh fruit was divided into 5 treatments, a treatment being defined by the wet basis moisture content level at which its pericarp would be removed (32 ± 2 ̊C, 28 ± 2 ̊C, 22± 2 ̊C, 18± 2 ̊C and 11± 2 ̊C). All samples were dried at a temperature of 37 ± 2 ̊C with constant rotation during the drying, first every half hour, then every hour once 32% moisture content was reached, and then every two hours once 18% moisture content was reached. After one month of storage, the coffee was hulled and then subjected to chemical and sensory analysis. The chemical analysis comprised bioactive compounds (trigonelline, caffeine, and total chlorogenic acids), low molecular weight carbohydrates, fatty acids, and organic acids. The results yielded statistically significant differences in levels of trigonelline, quinic acid, and malic acid. Perhaps as important, the results showed no difference in either the levels of fatty acids or low molecular weight carbohydrates. The overall scores for the sensory analysis were not statistically different; however, no taster (cupper) identified the wet process coffee as having a “natural flavor profile.”
A proposta, neste trabalho, foi obter mais informações sobre como o perfil de sabor do café natural se desenvolve durante o processamento. Para isso, foi analisado como a presença do pericarpo, removido em diferentes tempos de secagem do café, afetou a composição química do grão de café verde e os resultados do sabor na bebida do café. Frutos de café foram coletados seletivamente de uma lavoura cafeeira situada em área de altitude elevada, no município de Cristina, estado de Minas Gerais, Brasil. Somente frutos maduros foram coletados. Os frutos foram submetidos à separação hidráulica de boias e, em seguida, selecionados manualmente para garantir que o lote contivesse apenas frutos maduros e não danificados. Parte deste lote foi separada e processada por via úmida do café. Frutos foram despolpados, removendo-se o epicarpo e parte do mesocarpo, e lavados manualmente em água fresca para remover algum mesocarpo remanescente (mucilagem). Em seguida, estes frutos foram divididos em cinco tratamentos definidos pelo teor de água do grão na hora da remoção do pericarpo (32±2 oC, 28±2 oC, 22±2 oC, 18±2 oC e 11±2 oC). Todas as amostras foram secas à temperatura de 37±2 oC, sob rotação constante durante a secagem, primeiro a cada meia hora, depois a cada uma hora, até obter 32% de umidade, e a cada 2 horas até obter 18% umidade. Após um mês de armazenamento, o café foi descascado e submetido às análises químicas e sensoriais. As análises químicas compreenderam compostos bioativos (trigolina, cafeína e ácido clorogênico total), carboidratos de baixo peso molecular, ácidos graxos e ácidos orgânicos. Os resultados apontaram para diferença estatística significativa nos teores de trigolina, ácido quínico e ácido málico. Com a mesma importância, os resultados não demonstraram diferença estatística significativa para os teores de ácidos graxos e carboidratos de baixo peso molecular. Os resultados globais das análises sensoriais não apresentaram diferença estatística significativa, entretanto, nenhum provador (cupper)identificou o café processado pela via úmida como tendo um perfil de sabor de um café natural.