O café é nada menos do que a segunda bebida mais consumida no mundo, sabor e aroma atrativo justificam sua aceitação. Diversos estudos têm sido realizados para determinar seus efeitos sobre a saúde humana. Diante das evidências observadas na literatura, o presente estudo buscou confrontar através de testes “in vivo” a ação bioprotetora de dois dos mais importantes compostos químicos presentes no café (ácidos clorogênicos e cafestol) e o efeito tóxico de duas conhecidas micotoxinas (ocratoxina A e aflatoxina B1). O experimento foi composto de quatro ensaios biológicos; para isso foram utilizados ratos Wistar jovens, machos, mantidos em ambiente controlado, com fotoperíodo de 12 horas e temperatura ambiente de aproximadamente 25 oC, todos em gaiolas metabólicas individuais, com acesso a alimentação controlada (15g/dia) e água “ad libtum”. Durante as quatro últimas semanas de cada ensaio, cada animal recebeu 50ng de toxina/dia em 3g de leite em pó, adicionado de 1,5ml de água destilada e moldado de forma esférica. Animais dos grupos negativos para toxina receberam o mesmo tratamento sem a adição de micotoxina. Foi possível observar ação bioprotetora frente às micotoxinas, com destaque para os ácidos clorogênicos, melhorando o ganho de peso e a síntese de glicogênio hepático e muscular. Sugerimos a realização de testes por um maior período de tempo para confirmação de todos os indícios encontrados, já que não foram encontradas diferenças nos exames bioquímicos e histopatológicos. Os dados percentuais obtidos foram comparados através de Análise de Variância, pelos Testes Scott Knott e T de Student, nível 5% de probabilidade.
Coffee is nothing less than the second most consumed beverage in the world; its taste and attractive aroma justify its acceptance. Several studies have been conducted to determine their effects on human health. Confronted with evidence found in literature, this study sought to confront, by “in vivo” testing, the bioprotective action of two the most important chemical compounds in coffee (chlorogenic acids and cafestol) and two known mycotoxins (ochratoxin A and aflatoxin B1). The experiment was composed of four biological tests. The young Winster male rats were used, kept in a controlled environment with 12 hours photoperiod and ambient temperature of about 25 oC, all in individual metabolic cages with access to controlled food (15g/day) and “ad libtum” water. During the each test last four weeks, each animal received 50ng of toxin/day on 3g of powdered milk, added by 1.5 ml of distilled water and shaped into a sphere. Animals from the negative toxin groups received the same treatment without the addition of mycotoxin. It was possible to see bioprotective action forward to mycotoxins, especially by chlorogenic acids, improving the weight gain and the synthesis of muscle and liver glycogen. It is suggest testing for a longer period of time to confirm all the found evidences, especially because was not find difference on biochemical and histopathological exams. The percentage data were compared by Scott Knott and T of Student tests at 5% of probability.