Resumo:
O cafeeiro consorciado com espécies arbóreas promove por meio da diversificação da área de cultivo o incremento da fitomassa, o aumento da fertilidade do solo, a proteção dos cafeeiros contra as geadas e insolação excessiva e aumento da renda do agricultor com a produção de madeira, frutos, resinas etc. Além disso, o uso da arborização em cafeeiros é uma das técnicas de mitigação para os cenários de aquecimento global e seus efeitos na cafeicultura. Porém, são necessários estudos microclimáticos para quantificar o efeito da arborização sobre os cafeeiros. O objetivo deste trabalho foi avaliar o microclima em sistema de produção de café arborizado e cultivado a pleno sol. Por meio de estações meteorológicas automáticas instaladas em uma área experimental no Instituto Agronômico do Paraná – Londrina, PR, dados de microclima foram coletados no período de outubro de 2014 a março de 2015. Os resultados indicaram que houve atenuação da radiação solar incidente nos cafeeiros arborizados provocado pelas copas das árvores, variando de 45 a 62% de acordo com o manejo árvore (poda) e sazonalidade. A presença das árvores no cafezal foi importante na redução das temperaturas máximas e incremento das temperaturas mínimas, comparada com cafeeiros a pleno sol. Desta forma, do ponto de vista climático, cafeeiros em consórcio com espécies arbóreas apresentam características favoráveis em relação aos cafeeiros a pleno sol.