Foram estudados os aspectos físicos de colônia, o crescimento micelial e dimensões de conídios de 35 isolados de Colletotrichum spp. na Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais (MG), Brasil. Comparações de alguns caracteres com C. Kahawae fora,m realizadas no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), Oeiras, Portugal. Houve variações das características morfológicas e reprodutivas. As dimensões de conídios e coloração da colônia de alguns isolados de MG foram semelhantes aos de C.Kahawae. Uso de todos os caracteres morfológicos de forma conjunta permitiram a separaração de espécies. A presença de raças fisiológicas foi testada na UFLA por meio de inoculação de suspensões de conídios do fungo em hipocótilos, assim como necrose e morte das plântulas. Estudos histopatològicos realizados no CIFC determinaram a colonização de tecidos dos hipocótilos. O fungo foi reisolado em plântulas assintomáticas. A patogenicidade dos isolados foi realizada em frutos verdes de café em MG e com alguns isolados de CBD no CIFC. Porcentagem de frutos necrosados e tempo de aparecimento de sintomas foram variáveis de acordo com os isolados e cultivares. A caracterização bioquímica constitui em testar o uso de citrato (C) ou tartarato (T) como fontes de carbono. Ainda, foi analisado o pH do meio líquido de crescimento dos isolados no CIFC. Conclui-se que os isolados caracterizados de MG metabolizaram tartarato como única fonte de carbono, portanto, não pertencem a C.Kahawae. Foi encontrada variação entre valores de pH. Utilizaram-se marcadores RAPD e SSR para determinar a variabilidade genética e o parentesco entre os isolados de MG e alguns isolados que ocasionam a CBD. Ambas as técnicas permitiram a separação clara dos isolados de MG e aqueles que ocasionaram a CBD. Os isolados de MG testados não pertenceram a C. Kahawae. Com base nas características morfológicas, patogênicas, bioquímicas e moleculares, conclui-se que os isolados de Colletotrichum spp. de MG, Brasil, caracterizados, pertencem ás espécies C.acutatum (isolados 5,7 e 17) e C.gloeosporióides (resultantes isolados).
Physical aspects of the colony, mycelial growth and dimension of conidia of 35 isolates of Colletotrichum spp. Were studied at the "Universidade Federal de Lavras", MG, Brazil. Comparisons of some characters of C.Kahawae were perfomed at "Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIF)", Oeiras, Portugal. There were somo variations of the morphological and reproductive characteristcs. Sizes of conidia and colony coloration of some isolates of MG were similar to those of C. Kahawae. The use of all morphological characters allowed the separating of species. The presence of physiological races was tested at UFLA inoculating suspensions of conidia on hypocotyls of coffee plantlets. Pathogenic and non pathogenic isolates were detected, as well necrosis and death of seedlings. Hystopathologic studies accomplished in CIFC demonstrated colonization of hypocotyl tissues. The fungus was re-isolated in symptomless plantlets. The pathogenicity of isolates was also carried on unripe coffee berries. Inocultation and comparison of sypmtyoms induced by Brazilian isolates and those isolates causing CBD were performed at CIFC. Necrosis of fruits and time of appearance of symptoms were variable according to isolates and cultivars. The biochemical characterization consisted in testing the use of citrate (C) or tartarate (T), as the only source of carbon. Futher, the Ph of the liquid growt medium was analysed at CIFC. It was conluded that isolates from MG used T and C, therefore, they don’t belong to C. Kahawae. Variation was found among pH values. RAPD and SSR techiniques were utilized to determine the genetic varibility and the relationship among the isolates from MG and those which cause CBD. Both techinques enabled the clear separation amongst the MG isolates and the ones wich cause CBD. Brazilian isolates tested do not belong to C. Kahawae. Based on morphological, pathogenic, biochemical and molecular characteristics, it was conlued that isolates of Colletotrichum spp. From MG, belong to the species C. Acutatum (isolates 5,7 e 17) and to C. gloeosporioides, the others.