A periodicidade do crescimento vegetativo das plantas de café (Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho), estudada de outubro de 1998 a setembro de 1999, em Viçosa-MG, acompanhou, de modo geral, as curvas de temperatura. Foram observadas correlações significativas entre o crescimento de ramos e as médias de temperatura máxima durante o período quente e úmido e as médias de temperaturas médias e mínimas durante o período seco e frio. Os padrões de crescimento de ramos e a taxa de assimilação líquida do carbono (A) mostraram tendências semelhantes e acompanharam os declínios na temperatura do ar, com correlações significativas entre esses parâmetros. Por outro lado, as variações nas taxas de evolução do oxigênio fotossintético foram de amplitude relativamente pequena, não mostrando qualquer correlação com a temperatura e o crescimento. A
discriminação isotópica do carbono em folhas em expansão, mas não nas recém-expandidas, correlacionou-se negativamente com o crescimento e com a A. Os níveis de amido foliar aumentaram a partir de abril, alcançando os maiores teores no início de julho, quando as taxas de crescimento já apresentavam valores negligíveis. As flutuações nos teores de amido apresentaram correlações significativas com a temperatura do ar ao longo do experimento, como também com a A, porém somente na época fria. Os parâmetros da análise de extinção da fluorescência apresentaram variações relativamente pequenas, em geral correlacionando-se, significativamente, com as temperaturas médias e mínimas, o crescimento e a fotossíntese.
This work was carried out from October 1998 to September 1999 in Viçosa, Minas Gerais State, in order to examine the relationship between periodicity of vegetative growth and photosynthesis in Coffea arabica L. cv. Red Catuaí plants. In
general, growth accompanied temperature curves; it were found positive, significant correlations between branch growth and maximum temperatures during the wet, warm season, and also with mean and minimum temperatures throughout the cool, dry season. Branch growth patterns and net carbon assimilation rate (A) showed similar trends, both following up declines in air temperature. On the other hand, photosynthetic oxygen evolution varied only slightly, not being correlated with air temperature and growth. The carbon isotope discrimination in expanding leaves, but not in the youngest expanded ones, was negatively correlated with growth and A. Leaf starch increased by early April onwards; the greatest starch levels occurred by early July when growth rates had already been strongly depressed. Fluctuations in leaf starch correlated significantly with air temperature
throughout the experiment, and also with A during the cool period, but not with growth. Parameters from fluorescence quenching analysis varied slightly, being correlated with growth, A and mean and minimum temperatures, in general. However, no consistent relation between growth and fluorescence parameters could be stressed.