Coffea sp. é uma das commodities mais importantes do Brasil. Para obtenção de altas produtividades o uso da mecanização tornou-se indispensável. Entretanto, o uso intensivo de mecanização pode vir provocar alterações na estrutura tanto física quanto química do solo e favorecer a compactação ao longo dos anos. Além de, resultar em maior incidência de plantas daninhas, ocasionadas pelo maior espaçamento entre linhas na cultura do café. As plantas daninhas competem com a cultura do café por espaço, nutrientes e água. No entanto, o uso de plantas de cobertura descompactadoras tem sido uma alternativa para reduzir a compactação do solo e a mobilização mecânica. Além do efeito de supressão em plantas daninhas. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das plantas de cobertura e mobilização mecânica do solo nos atributos físicos de solo e na fitossociologia de plantas daninhas. O trabalho foi desenvolvido na área experimental de café da Universidade Federal de Viçosa, campus Rio Paranaíba. Foram utilizados três fatores: planta de cobertura (Urochola ruzizienses, Raphanus sativus, Crotalaria juncea) e mobilização mecânica (escarificador), camadas do solo (0,1 a 0,6 cm) e posição (entre linha e rodado). O experimento foi avaliado por dois anos consecutivos, em delineamento em blocos ao acaso com três repetições. Não houve diferença estatística entre as plantas de cobertura e a escarificação mecânica para as variáveis densidade do solo, microporosidade, macroporosidade e porosidade total. A densidade do solo e a resistência mecânica a penetração foi maior na projeção do rodado dos tratores em comparação aos valores obtidos na entre linha do cafeeiro. As plantas daninhas Bidens pilosa e Conyza bonariensis apresentaram os maiores índices fitossociológicos nas duas posições avaliadas. O tratamento crotalária foi o que apresentou os menores índices fitossociológicos. Palavras-chave: Café. Supressão vegetal. Propriedades do solo.
Coffea sp. is one of the most important commodities in Brazil. In order to obtain high productivity, the use of mechanization has become indispensable. However, the intensive use of mechanization can cause changes in both the physical and chemical structure of the soil and favor compaction over the years. In addition to resulting in a higher incidence of weeds, caused by the greater spacing between rows in the coffee crop. Weeds compete with the coffee crop for space, nutrients and water. However, the use of uncompacting cover crops has been an alternative to reduce soil compaction and mechanical mobilization. In addition to the suppression effect on weeds. Therefore, the objective of this work was to evaluate the effect of cover crops and soil mechanical mobilization on soil physical attributes and on the phytosociology of weeds. The work was developed in the experimental coffee area of the Federal University of Viçosa, Rio Paranaíba campus. Three factors were used: cover plant (Urochola ruzizienses, Raphanus sativus, Crotalaria juncea) and mechanical mobilization (scarifier), soil layers (0.1 to 0.6 cm) and position (between row and rotated). Experiment evaluated for two consecutive years, in a randomized block design with three replications. There was no statistical difference between cover crops and mechanical scarification for soil density, microporosity, macroporosity and total porosity. Soil density and mechanical resistance to penetration were higher in the projection of the tractor wheels compared to the values obtained in the inter-row of the coffee tree. The weeds Bidens pilosa and Conyza bonariensis showed the highest phytosociological indices in the two evaluated positions. The sunn hemp treatment was the one that presented the lowest phytosociological indices. Keywords: Coffee. Vegetal supression. Soil Propertie