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Nos últimos anos, o interesse sobre a temática das cadeias de suprimentos tem aumentado significativamente, e questões de práticas sustentáveis têm acompanhado essa expressiva atenção, seja na área acadêmica, seja no setor privado. Dessa maneira, as cadeias de suprimentos sustentáveis (Sustainable Supply Chain Management – SSCM) tornaram-se indispensáveis para as tomadas de decisões das organizações e também de ações governamentais. Às preocupações no que tange às práticas sustentáveis têm, originalmente, destacado, sobremaneira, nas organizações ao redor do mundo, porém, a corresponsabilidade entre os agentes da cadeia de suprimentos passou ser mais evidente e necessária, obrigando que as ações sustentáveis passassem a ser introduzidas e realizadas de forma otimizada. Uma vez que, se um agente da cadeia age de forma dissonante às práticas sustentáveis ante os demais, todo o processo produtivo, ao longo da cadeia, poderá ser comprometido. Embora estudos, no que concerne às cadeias de suprimentos, assim como os sobre SSCM’s tenham adquirido notoriedade nos últimos anos, pouco se tem sobre as percepções das práticas sustentáveis dos cafeicultores. Pretende-se, então, com este trabalho, preencher essa lacuna e captar as perspectivas dos cafeicultores da região do Sul de Minas Gerais, a fim de entender como os cafeicultores praticam práticas sustentáveis requisitadas pela SSCM. Por meio da abordagem da Economia dos Custos de Transação (ECT), as análises foram realizadas para se obter um panorama das práticas sustentáveis realizadas pelos cafeicultores. Neste trabalho, pautou-se analisar, em sua primeira parte, o aspecto dos estudos voltadas para a cadeia de suprimentos sustentáveis, por meio de análise documental e bibliométrico. Na segunda parte, foram realizadas entrevistas com quatro cafeicultores da região do Sul de Minas Gerais a fim de compreender como e por que, eles, cafeicultores, buscam agir de forma sustentável dentro da cadeia cafeeira. Os resultados encontrados foram que há uma considerável lacuna entre os estudos que buscam entender os cafeicultores dentro da cadeia de suprimentos e os que estudam as organizações e que, quando se trata de práticas sustentáveis, há mais estudos que focam nas organizações e stakeholders do que nos próprios cafeicultores. Quando entrevistados, percebeuse que há entre os cafeicultores uma assimetria informal considerável no que tange os conceitos do que são as cadeias de suprimentos, as práticas sustentáveis e oportunidades de novos negócios, embora tenham ciência e pratiquem o manejo de formas sustentáveis em suas propriedades. Por fim, notou-se que, embora não haja um consenso/ entendimento de onde advêm as motivações em agir de forma sustentável, foi possível concluir que, entre todos os entrevistados, é uníssono que as certificações tenham um papel vital, para que os cafeicultores passem a conhecer e a adotar boas práticas de manejo, produção e até comercialização de seus cafés, de forma sustentável, garantindo assim, um café mais competitivo no mercado nacional e, sobretudo, no mercado internacional. |
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