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Item Uso agrícola das águas residuárias da lavagem e despolpa dos frutos do cafeeiro conilon(2003) Garcia, Giovanni de Oliveira; Ferreira, Paulo Afonso; Matos, Antonio Teixeira de; Monaco, Paola Alfonsa Lo; Menezes, Sady Junior da Costa de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAs águas residuárias da lavagem e despolpa dos frutos do cafeeiro conilon apresentam reais possibilidades de uso no cultivo agrícola contudo, respeitando-se a concentração adequada dos nutrientes nela contidos e do tipo de solo além das diretrizes técnicas fundamentadas nas exigências nutricionais da cultura instalada. Como as concentrações de sólidos totais e DBO de 4.466,25 e 2.373,50 mg L-1, respectivamente, estão superiores àqueles permitidos pela legislação ambiental para o lançamento de efluentes em um corpo hídrico receptor o que reforça a idéia de se tentar o aproveitamento dos nutrientes contidos neste resíduo, de forma adequada, como fertilizante. Com este trabalho objetivou-se avaliar o valor fertilizante das águas residuárias da lavagem e despolpa dos frutos do cafeeiro conilon, visando seu aproveitamento agrícola, amostras foram coletadas durante os meses de julho a agosto de 2002, para a análise química e física. Em função da origem e do processo de beneficiamento utilizado, do estádio de maturação dos frutos colhidos, as águas residuárias (ARC), apresentaram uma composição variável nos parâmetros analisados. Tomando-se por base a recomendação de adubação potássica em 200 kg ha-1.ano-1, para a manutenção da lavoura cafeeira em produção, e a concentração de K na água residuária de 204,70 mg L-1, pode-se calcular uma dose a ser aplicada de 977 m3 ha-1 ano-1 de ARC, atendendo assim, as exigências da cultura no nutriente estabelecido. Para o aproveitamento destas águas, deve-se fazer a retirada dos sólidos grosseiros que podem vir a causar problemas de entupimento de emissores bem como causar danos às tubulações do sistema de irrigação utilizado. Os valores médios de 0,63 dSm-1 da condutividade elétrica indicam que a ARC não apresenta restrição ao uso agrícola, porém torna-se necessário, após a sua aplicação na cultura, a operação do sistema hidráulico com o bombeamento de água de boa qualidade, por um período de pelo menos 15 minutos, com a finalidade de diminuir corrosões nas tubulações e possíveis danos à parte aérea das culturas.Item Casca de café: um importante insumo para agricultura orgânica(2003) Badocha, Tiago Esteves; Costa, Rogério Sebastião Corrêa da; Leônidas, Francisco das Chagas; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA agricultura convencional já demonstra em determinadas situações ou regiões, sinais de exaustão de seu modelo produtivo, por isso, atualmente a agricultura orgânica tem ganhado espaço, por parte de produtores e consumidores, por ser um modelo mais sustentável e equilibrado originando produtos livres de resíduos de agrotóxicos. O cultivo do cafeeiro em determinadas situações, por longo período de tempo em uma mesma área causa diminuição nos teores de nutrientes e matéria orgânica. Diversos autores observaram uma redução nos teores de matéria orgânica do solo, de aproximadamente 50% do original, após quinze anos de cultivo com o cafeeiro. Nestas condições é necessária a adição de material orgânico para a recuperação da capacidade produtiva desses solos intensamente cultivados. Nesse contexto, a casca de café pode ser amplamente utilizada por ser considerado um adubo orgânico de excelente qualidade e de ter grande disponibilidade nas regiões produtoras. As características da casca de café são as seguintes: N - 1,78 dag.Kg -1 , P 2 0 5 - 0,14 dag.Kg -1 , K 2 0 - 3,75 dag.Kg -1 , Ca - 0,41 dag.Kg -1 , Mg - 0,13 dag.Kg -1 , S - 0,15 dag.Kg -1 , B - 34 mg.Kg -1 , Cu - 18 mg.Kg -1 , Fe - 150 mg.Kg -1 , Mn - 29 mg.Kg -1 , Mo - 0,07 mg.Kg -1 , Zn - 70 mg.Kg -1 e MS - 90%. A relação entre a obtenção do grão beneficiado e a casca de café durante o beneficiamento é de 1:1, originando então uma grande quantidade de casca de café que pode ser utilizada como cobertura morta para recuperação desses solos. As principais vantagens para o solo e as plantas são: fornecimento de nutrientes para as plantas, os quais são liberados no processo de mineralização; melhoria da capacidade de retenção de umidade pelo solo; melhoria do sistema radicular; menor amplitude térmica nas camadas superficiais do solo; melhoria do arejamento do solo; controle da erosão e redução do crescimento de invasoras que proporcionam um melhor equilíbrio nutricional da planta, tendo como conseqüência um incre-mento na produtividade da cultura gerando maior lucro ao produtor rural. Entretanto, apesar das vantagens, uma parcela da casca de café vem sendo desprezada por alguns agricultores que ainda não perceberam estar se tratando de uma excelente fornecedora de matéria orgânica, sendo uma das maiores fontes orgânicas de K e N. Experimento realizado pela Embrapa Rondônia comprovou que a utilização de aproximadamente 70 t/ha de casca de café como cobertura morta na recuperação de lavouras de café conilon (Coffea canephora) recepadas aumentou a produtividade em até 80% quando comparada à testemunha. Outro experimento rea-lizado pela Embrapa Rondônia, demonstrou que a casca de café aliada ao herbicida ou capina manual na linha do cafezal, controlou eficientemente as plantas daninhas e um terceiro experimento efetuado pelo mesmo Órgão concluiu que a cobertura morta com casca de café influenciou positivamente os teores de N, P, K e Mg nas folhas do cafeeiro. Em outro trabalho realizado por pesquisadores da Universidade de Lavras concluiu-se que a cobertura morta com casca de café e arroz nas entrelinhas, de cafeeiros, propiciou a inibição da germinação ou estímulo ao crescimento do caruru de mancha (Amaranthus viridis L.) que é uma planta dani-nha que concorre com as culturas.Item Inclusão da casca de café na dieta de ovinos deslanados(2003) Townsend, Cláudio Ramalho; Magalhães, João Avelar; Costa, Newton de Lucena; Pereira, Ricardo Gomes de Araújo; Soares, João Paulo Guimarães; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA utilização de alimentos alternativos na dieta animal tem como principais objetivos reduzir os custos e incrementar a produtividade da atividade pecuária. Desta forma, os mais diversos tipos de resíduos ou subprodutos agro-industriais, quando empregados de forma racional, podem contribuir para tanto, como é o caso da casca de café. Nos últimos anos, a cafeicultura em Rondônia vem sendo bastante fomentada, sendo que no ano agrícola de 1995 foram colhidas 171.235 ton de café em coco, que, após o seu beneficiamento, resultaram em aproximadamente 86.000 ton de cascas, que, via de regra, são desprezadas, trazendo grandes perdas econômicas e ambientais. Como a grande maioria dos resíduos ou subprodutos das agroindústrias, a casca de café apresenta uma grande variabilidade na sua composição bromatológica; assim, foram encontradas oscilações de 6,8% a 17,3% para a proteína bruta (PB), 19,5% a 42,4% para fibra bruta (FB) e 2,3% a 6,0% para extrato etéreo (EE). As principais limitações da utilização da casca de café na alimentação animal são os elevados teores de lignina (36%) e a presença de fatores antinutricionais (cafeína, taninos e compostos fenólicos). No entanto, quando utilizada racionalmente, resulta em ganhos de produtividade e economicidade. Para avaliar o desempenho de ovinos deslanados em crescimento, alimentados com níveis crescentes de casca de café, conduziu-se um experimento em Porto Velho - RO, com delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos, representados pelos níveis de inclusão da casca de café de 0, 10, 20 e 30% em substituição ao capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) cv. Cameroon e cinco repetições, representadas pelos animais. A casca de café continha 85,2; 11,3; 0,50 e 0,16% de MS, PB, Ca e P, respectivamente. A sua inclusão nadieta dos ovinos resultou em maiores (P> 0,01) ganhos de peso, 9,1; 18,8; 14,5 e 49,1 g/dia/animal, respectivamente, para os níveis de inclusão de 0, 10, 20 e 30%. O consumo médio dos animais alimentados com as rações contendo a casca foi 14,6% inferior ao dos alimentados exclusivamente com capim-elefante (53,7 x 62,9 g de MS/kg de PV 0,75 ).Item Frações protéicas e de carboidratos e degradação do feno de coastcross, cama de frangos e casca de café(Universidade Federal de Lavras, 2001) Oliveira, José Paulo de; Andrade, Ivo Francisco de; Universidade Federal de LavrasO objetivo do presente estudo foi determinar o fracionamento dos compostos nitrogenados (frações A, B1, B2, B3 e C) e dos carboidratos (frações A, B1, B2 e C), segundo o Sistema Cornell Net Carbohydrate and Protein (CNCPS), e estimar os parâmetros cinéticos da degradação ruminal da matéria seca (SM), da Proteína Bruta (PB), da Fibra em Detergente Neutro (FDN) e da Fração Solúvel em Detergente Neutro (SDN) do Feno de Coastcross (FCC) com utilizando-se as técnicas in situ e de produção de gás. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Pesquisa Animal e no Setor de Bovinocultura, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras-UFLA, no período de Janeiro de 1999 a Junho de 2000. Na degradabilidade in situ, foram utilizadas 3 vacas da raça Nelore, providas de fistulas ruminais e avaliada a degradação de MS, PB e FDN. Foram incubados 3 sacos/alimentos/tempo/animal, nos tempos de 0, 4, 8, 12, 24, 36, 48 e 72 horas. Foram determinadas as frações solúvel (a) e insolúvel potencialmente degradável (c), Degradabilidade Potencial (DP) e Degradabilidade Efetiva (DE). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso (DBC), com três repetições. A produção cumulativa de gás foi obtida nos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60 72 horas. O delineamento experimental foi o mesmo utilizado na avaliação da degradabilidade in situ.A cinética da produção cumulativa de gás foi realizada para MS, FDN e SDN. De modo geral observaram-se variações tanto nas frações nitrogenadas quanto nas de carboidratos. Para o fracionamento dos compostos nitrogenados foram obtidos valores de 32, 10; 37, 45 e 22,51% para a fração B1 e 26,48; 15,78; e 40,86% para a fração B2, respectivamente para FCC, CF e CC. Os maiores valores para os componentes do feno de Coastcross, cama de frangos e casca de café foram encontrados nas frações B1 e B2 e C. A fração A que corresponde aos compostos nitrogenados não protéicos, presentes no FCC CF e CC apresentaram valores semelhantes (5,54; 6,74 e 4,99%, respectivamente). No fracionamento dos carboidratos, a fração C apresentou os valores de: 18,78; 34,02 e 40,90% para FCC, CF e CC, respectivamente. O feno de Coastcross, a cama de frangos e a casca de café apresentou os maiores valores para a fração B2, correspondente a fibra potencialmente degradável. Na técnica in situ a MS, apresentou efeito (P<0,01) degradabilidade efetiva (DE), cuja análise de regressão foi linear. Na proteína bruta, a fração (a) e DE apresentaram efeito (P<0,05) e (P<0,01) respectivamente, apresentando regressão linear. Para a FDN houve efeito (P<0,01) para a fração (a), cuja análise de regressão apresentou efeito como substrato a casca de café, pode ser adicionada ao feno de Coastcross até o nível de 32%, melhorando o valor nutritivo deste volumoso. Na técnica de produção de gás, o tempo de colonização (L) e a taxa de degradação (c) da MS foram linear e quadrático, respectivamente. A maximização da produção cumulativa de gás para a fração solúvel em detergente neutro ocorreu em torno de 24 horas, enquanto, para MS e FDN foram mais eficientes com a inclusão de CF ao de FCC até o nível de 18%. Os tempos de colonização (L) da MS e FDN diminuíram à medida que se procedeu a substituição. Todos os carboidratos presentes no feno com cama de frangos foram fermentados até 48 horas.Item Parâmetros bromatológicos, frações de carboidratos e degradabilidade in vitro da casca e da polpa de café (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Lavras, 2000) Barcelos, Adauto Ferreira; Paiva, Paulo César de Aguiar; Universidade Federal de LavrasCom o objetivo de avaliar a casca e polpa de café quanto aos teores de MS, PB, EE, FDN, FDA celulose, hemicelulose, cinza, cálcio, fósforo, magnésio, potássio, ferro, cobre, zinco, manganês, cafeína, taninos, lignina, sílica, as frações A, B1, B2 e C de carboidratos segundo CNCPS e a digestibilidade in vitro pela técnica de produção e gás, na casca e polpa desidratada de café, conduziu-se o experimento nos Laboratórios de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras e Laboratório de Qualidade do Café Dr. Alcides de Carvalho da EPAMIG/CTSM, no período de outubro de 1997 a dezembro de 1998, utilizando-se casca e polpa desidratada das cultivares de café Catuaí, Rubi e Mundo Novo, da Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, da EPAMIG. A polpa foi obtida pela despolpa úmida em despolpador mecânico e, em seguida, seca ao sol até 13% de umidade. Os materiais foram armazenados em sacos de ráfia em ambiente coberto, ventilado e seco, com amostragem em triplicata a cada 90 dias. As equações utilizadas para estimativa das frações de carboidratos, seguiram o que está descrito no modelo do CNCPS. Foram incubadas in vitro 400 mg de cada amostra (MS) e FDN, em triplicata em banho maria a 39°C. A produção cumulativa de gás foi obtida nos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60 e 72 horas. A cinética da produção cumulativa de gás para a MS e FDN foi analisada utilizando-se o modelo Vt = Vt1/(1 + exp(2 + 4µ(L - T))) e SDN pelo modelo Vt = Vt1 x (1 - exp (-µ xT)). A casca e polpa desidratada de café são materiais com bom teor de proteína bruta, magnésio, zinco, cobre e manganês. Devido aos altos teores de ferro e potássio na casca e polpa desidratada, a sua utilização na alimentação de bovinos deve ser limitada a níveis que não provoquem excesso de consumo destes elementos. A casca e polpa desidratada podem ser armazenadas por um período de 12 meses, sem sofrer alterações na composição bromatológica. O armazenamento por doze meses altera a proporção dos carboidratos, reduzindo as frações de degradabilidade lenta e não degradável, e aumentando a fração de degradabilidade rápida. O processo de despolpa reduz os açúcares e pectina. A casca e polpa são materiais com alta proporção de carboidratos indisponíveis, o que pode limitar o seu uso em grandes quantidades para os ruminantes. O armazenamento da casca e polpa desidratada de café por um período de doze meses melhorou a taxa de degradação por reduzir a fração fibrosa e não degradável disponibilizando açúcares solúveis para a flora ruminal. Na casca de café de todas as cultivares, a maximização na contribuição da SDN e FDN na fermentação ocorreu respectivamente em torno de 24 h e 48 h. A máxima produção de gás na MS da polpa ocorreu entre 48 e 60 horas para todas as cultivares e foi conseqüência da máxima produção de gás da FDN ocorrida em tomo de 60 horas. Longo tempo de colonização pode ser uma limitação no uso da casca e polpa desidratada de café na alimentação de ruminantes, por comprometer a utilização do alimento pelos microorganismos do rúmen, devido, principalmente, a uma rápida passagem pelo rúmen.