Teses e Dissertações
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Item Distribuição espacial do café na região das matas de Minas(Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-11) Faria, Maola Monique; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; Ferreira, Williams Pinto Marques; Francelino, Márcio RochaA Região das Matas de Minas caracteriza-se pelo seu relevo movimentado sob solos intemperizados e de baixa fertilidade natural. Originalmente, a região era coberta por matas que, em sua maioria, foram derrubadas dando lugar à de lavouras de café e de pastagens. O mapeamento das áreas cafeeiras a partir do uso de sensoriamento remoto ainda constitui um desafio para os pesquisadores. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo mapear o uso e a cobertura do solo, com ênfase nas áreas cultivadas com café, da região das Matas de Minas a partir do emprego do classificador Random Forest. O estudo foi realizado utilizando-se as bandas 1 a 7 do Landsat 8 de 02 de agosto de 2013 com correção atmosférica. O processamento dos dados foi feito utilizando os softwares ArcGis 10.1 e R 3.2. Realizou-se a coleta de 8.500 amostras distribuídas de forma aleatória em toda a área de estudo e envolvendo todas as oito classes de uso de interesse no estudo, a saber: café, mata, eucalipto, solo, água, pastagem, nuvem e sombra. Com base no arquivo de amostras foram extraídos os valores de radiância de cada banda da imagem Landsat 8. A classificação foi realizada utilizando-se a interface do software R. Para avaliar o grau de sobreposição espectral das classes de uso do conjunto de amostras foi utilizado o índice de separação de classes de Jefferyes-Matusita. Para a avaliação da exatidão da classificação foi utilizado o índice Kappa e Kappa condicional. Ao se empregar um conjunto de 80 pixels por classe foi suficiente para se obter bons resultados para todos os classificadores avaliados. O refinamento do conjunto de amostras propiciou a melhora do índice de separabilidade Jefferyes-Matusita dentre as classes florestais envolvidas no presente estudo: café, mata e eucalipto. A cultura cafeeira, na região das Matas de Minas, recobre 424.705,50 hectares.Item Resistência de acessos do banco de germoplasma de café da EPAMIG a Hypothenemus hampei(Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-30) Manrique Burbano, Marylyn Bellyne; Pereira, Eliseu José Guedes; Pereira, Antonio AlvesO primeiro passo para desenvolvimento de cultivares resistentes a um inseto fitófago consiste em avaliar criteriosamente genótipos da planta hospedeira de interesse agronômico na tentativa de identificar fontes de resistência ao inseto. Assim o objetivo deste trabalho foi determinar a resistência de acessos de Coffea arabica à broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae). Para isso, este trabalho foi dividido em duas partes, a primeira foi realizada em campo e nela se avaliou a intensidade de ataque da praga a 100 acessos do Banco de Germoplasma de café da EPAMIG, usando como comparador a variedade Catuaí Vermelho IAC 99. Contabilizou-se a porcentagem de frutos atacados e o número de indivíduos imaturos e adultos por fruto, e se determinou a escala de penetração da broca do café. Já a segunda parte do trabalho foi realizada em laboratório e nela foi estimado o número de estádios biológicos e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) da broca nos 10 acessos mais resistentes à praga, selecionados no primeiro experimento, e na variedade controle (Catuaí Vermelho). Foi observado que 27 acessos de C. arabica foram os menos atacados por H. hampei e neles a porcentagem de frutos broqueados variou de 21 a 43%, enquanto que na variedade Catuaí Vermelho IAC 99 o 79 ± 4% dos frutos estavam broqueados. A média de estádios biológicos de H. hampei variou entre os acessos menos infestados e correlacionou-se positivamente com a porcentagem de frutos broqueados na escala D (i.e., broca no interior da semente com sua descendência). No experimento em laboratório o número de ovos e larvas por fêmea e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) de H. hampei foram menores nos acessos MG0004 (Bourbon Vermelho), MG0175 (Caturra x H.T. IAC 2012), MG0205 (Guatenano) e MG0230 (Catuaí Erecta) para a primeira geração da broca, mas não para as gerações subsequentes, nas quais o valor de ri não diferiu entre os genótipos avaliados. Os acessos destacados neste estudo figuram-se como promissores na busca pela obtenção de variedades de café com maior resistência a H. hampei do que as atualmente cultivadas.Item Artrópodes predadores da broca-do-café associados ao ingá(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Pantoja, Gabriel Martins; Venzon, Madelaine; Rezende, Maíra QueirozPlantas associadas podem incrementar a comunidade de inimigos naturais no ecossistema através da disponibilidade do néctar extrafloral. Neste trabalho estudou-se a influência do ingá na comunidade de artrópodes predadores de Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytinae) em cultivo de café e a capacidade predatória do tripes Trybomia sp. (Karny) (Thysanoptera: Phlaeotrhipidae em controlar a broca-do-café (Ferrari) (Hypothenemus hampei). O trabalho foi dividido em dois capítulos. No capítulo 1, foram avaliadas a diversidade e abundância de assembleias de formigas e do tripes Phlaeothripidae em cultivos de café com e sem o ingá. No capítulo 2, avaliou-se a capacidade do tripes Trybomia sp. de acessar e predar a broca-do-café no interior dos frutos. Não houve diferença na abundância e na diversidade das assembleias de formigas e tripes entre café em monocultivo e consorciado. No entanto, nas áreas com consórcio, encontramos maior abundância do total de insetos predadores. Tripes predadores do gênero Trybomia não foram eficientes em acessar e predar a broca-do-café. Através de equipamento de raio-x, foi possível identificar um comportamento de defesa da broca que pode ter impedido a entrada desses tripes. O tripes Trybomia sp. não se mostrou um predador eficiente de H. hampei no interior dos frutos. Nós concluímos que a presença do ingá pode aumentar a incidência de artrópodes predadores em cultivos de café. No entanto, são necessários estudos futuros para avaliara abundância e diversidade dos artrópodes em diferentes distâncias do ingá para certificar a adequada associação dessa planta com os cultivos.Item Resposta de cafeeiros irrigados em função do uso da braquiária nas entrelinhas(Universidade de Brasília, 2018-11-30) Borges, Inácio Barbosa; Fagioli, MarceloDiversos fatores dentro do sistema de produção, como condições edafoclimáticos, nutricionais, competição com outras plantas, invasoras ou cultivadas, podem afetar o crescimento e o desenvolvimento do cafeeiro. O trabalho teve como objetivo geral: Avaliar a influência da braquiária em cobertura nas entrelinhas sobre o crescimento e consumo de água do cafeeiro submetido a diferentes regimes hídricos. O experimento foi instalado na Embrapa Cerrados, em Planaltina, Distrito Federal, em um Latossolo Vermelho, irrigado por pivô central. A cultivar utilizada foi a Catuaí 144, plantada em 2007, e recepada em setembro de 2014. As parcelas foram compostas de três linhas com nove plantas, sendo consideradas úteis as cinco centrais. O cafeeiro foi submetido a dois regimes de irrigação, um irrigado o ano todo (RH1) e outro com déficit hídrico para uniformização da florada (RH2); e dois sistemas de manejo, um com braquiária como planta de cobertura das entrelinhas (B) e outro sem cobertura (T), ambos em cinco repetições. A sonda de nêutrons foi calibrada em duas bacias de saturação instaladas na área do experimento, construindo-se curvas de regressão através da correlação entre umidade volumétrica e contagem de nêutrons nas profundidades 0-0,20; 0,20-0,40; 0,40-0,60; 0,60-0,80 m. Essas regressões foram comparadas pelo método de Identidade de Modelos. Foram analisadas a quantidade e as dimensões das raízes de braquiária e raízes do cafeeiro, a densidade do solo e a porosidade total nas profundidades citadas. Foi feito o balanço hídrico do solo para cada situação, determinando-se os parâmetros de consumo hídrico de julho de 2015 a maio de 2017. Neste mesmo período foram realizadas avaliações mensais do crescimento das plantas, medindo-se o diâmetro da saia do pulmão e da brotação; diâmetro da base da brotação e da base do plagiotrópico; comprimento do ramo ortotrópico da brotação e do primeiro plagiotrópico; número de nós do ramo ortotrópico e do primeiro ramo plagiotrópico e o índice de área foliar (IAF) para construção de modelos que depois foram comparados pelo método de Identidade de Modelos,. O método da Identidade de Modelos permite a verificação da igualdade de regressões iv lineares resultantes da calibração da sonda de nêutrons nas diferentes camadas do solo e sistemas de manejo das entrelinhas da cultura do café; permite identificar a necessidade de curvas diferenciadas de calibração da sonda de nêutrons nas diferentes camadas e sistemas de manejo, o que justifica a necessidade da calibração da sonda de nêutrons para cada local específico. O cultivo da braquiária nas entrelinhas do cafeeiro promove: mudanças no armazenamento de água do solo, com destaque para camada de 0,20-0,40 m de profundidade com maiores teores de água; diminuição da evapotranspiração do cafeeiro no regime hídrico submetido a estresse hídrico para uniformização de florada; desenvolvimento vegetativo igual ao do sistema tradicional sem cultura de cobertura. O regime hídrico com estresse para uniformização do florescimento promoveu: economia de água devido ao período de estresse de 70 dias sem irrigação em cada ano; menor evapotranspiração média do cafeeiro durante o tempo de avaliação, quando comparado ao regime irrigado o ano todo; o crescimento do cafeeiro aos 18 meses após a poda igual ao regime hídrico irrigado o ano todo.Item Distribuição dos solos associados ao cultivo de cafés de qualidade especial na Serra da Mantiqueira Mineira(Universidade de Brasília, 2016-07-29) Chaves, Aurélio Alves Amaral; Lacerda, Marilusa Pinto Coelho; Alves, Helena Maria RamosA utilização do solo de forma sustentável depende do conhecimento de seus atributos e sua distribuição na paisagem, porém, no Brasil, os levantamentos de solos detalhados são escassos, impossibilitando um planejamento racional e ocasionando a degradação desse recurso e a obtenção de rendimentos abaixo do potencial agropecuário das terras. Um dos motivos da carência de informações sobre os solos do território brasileiro é a sua grande extensão territorial, onde a execução de levantamentos pedológicos tradicionais em escalas mais detalhadas apresentam custo elevado. Torna-se, então, necessária a utilização de novas tecnologias aliadas aos levantamentos convencionais. Dentre os produtos agrícolas brasileiros, destaca-se o café, responsável por um setor economicamente importante e gerador de renda e empregos, uma vez que o Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo caracterizar os solos associados à cultura cafeeira de alta qualidade sensorial e estabelecer o modelo de distribuição desses solos no município de Carmo de Minas, MG, representativo da Microregião da Serra da Mantiqueira Mineira, região tradicionalmente conhecida pela produção de cafés de alta qualidade. Por meio de atividades de campo, foram selecionados perfis pedológicos representativos, que foram devidamente caracterizados e classificados no SiBCS. Os parâmetros morfométricos associados à ocorrência das classes caracterizadas de solos, como declividade, hipsometria e curvatura foram verificados a fim de estabelecer as relações pedomorgeológicas da área de estudo. Foi observado que os Latossolos desenvolvidos em épocas geológicas anteriores, em superfícies geomorfológicas de aplainamento, encontram-se preservados nas encostas convexas, com classes de declividade de até 45%. Em classes de declividade variando de 45 a 75%, nas porções do relevo de curvatura transicional convexo-côncava, ocorrem Nitossolos latossólicos, e quando a declividade supera os 75%, com desenvolvimento de relevo côncavo, verifica-se a ocorrência de Cambissolos. A associação dos solos com a cultura dos cafés de alta qualidade ix está relacionada à elevada evolução e profundidade destes solos em relevos acidentados e às características físicas latossólicas preservadas, que permitem o desenvolvimento da cafeicultura. A ocorrência comum de horizonte A húmico, de elevadas espessuras, também contribuem física e quimicamente à cultura do café na região. Com base no modelo elaborado da distribuição dos solos nas áreas cultivadas com cafés de qualidade no município de Carmo de Minas, representativo da Serra da Mantiqueira Mineira, foi realizado o mapeamento digital dos solos com a utilização da lógica fuzzy, por meio do programa ArcGIS.Item Identificação e caracterização de peptídeos opioides presentes na fração proteica dos grãos de Coffea arabica(Universidade de Brasília, 2015-03-27) Vinecky, Felipe; Bloch Júnior, CarlosNo que diz respeito à cafeicultura e ao processamento dos grãos de café, o conceito de qualidade do produto foi definido sob diferentes aspectos, como, por exemplo, qualidade de produção, níveis de torra, aroma. Acredita-se que muitos dos constituintes do grão influenciam diretamente nas características organolépticas apresentadas pela bebida. Entretanto, pouco se conhece a respeito de quais moléculas estariam desempenhando tais funções, principalmente, em relação a proteínas e peptídeos encontrados no endosperma da semente do café, uma vez que a maioria dos estudos relacionados focam moléculas não protéicas. Alguns peptídeos que são biologicamente ativos, ou seja, bioativos, estão encriptados em proteínas de origem animal e vegetal e podem ser encontrados com a realização de um screening de um banco de dados utilizando parâmetros pré-definidos. Uma das formas de obtenção de peptídeos bioativos é por meio da ingestão de alimentos que contenham proteínas precursoras e que sofram proteólise por enzimas digestivas. No presente trabalho, foi realizada uma avaliação da composição química de Coffea arabica que visou identificar os precursores de qualidade da bebida do café que estivessem associados a proteínas com possíveis sequências de peptídeos opioides como parte de suas estruturas primárias. Para isso foram realizadas análises in silico em bancos de dados internacionais e na base de dados do Genoma Café, buscando peptídeos que apresentassem a região N-terminal (YGG) similar a outros peptídeos opioides. Outra metodologia utilizada foi a digestão do extrato proteico de Coffea arabica var. Acauã com enzimas digestivas, seguido de fracionamento por HPLC e sequenciamento por Espectrometria de Massa. Os peptídeos encontrados estavam encriptados em uma família de proteínas chamada dehidrina. Esses peptídeos, identificados em ambos métodos, foram sintetizados utilizando-se a estratégia Fmoc/t-butila (9-fluorenilmetoxicarbonila) de síntese manual em suporte sólido e tiveram a atividade (opioide) avaliada em modelos in vivo que permitiram determinar suas funções. Os testes utilizados para avaliar a atividade opioide foram o da placa quente e o da retirada da cauda. Foi possível concluir que as metodologias utilizadas para desvendar os peptídeos encriptados mostrou-se ser eficiente, já que todos os peptídeos testados apresentaram atividade antinociceptiva em camundongos.Item A formação do consumo gourmet no Brasil : o caso dos cafés especiais e dos corpos que os acompanham(UNB- Universidade de Brasília, 2015-08-17) Lages, Mauricio Piatti; Farias, Edson Silva deNosso olhar parte da percepção de uma alteração na forma de organização do mercado brasileiro a partir da última década, especialmente no que concerne à disseminação da alta gastronomia e dos bens de luxo para parcelas ascendentes da população. Aos poucos ganha corpo um novo segmento de mercado que ficou conhecido pela oferta de produtos gourmets, na esteira de tendências internacionais de reelaboração da apresentação dos produtos. Como são transformações recentes, que começaram a se consolidar na passagem do século XX para o XXI, nossa proposta é tomar o caso do consumo de café como meio de se pensar as consequências premeditadas e nãopremeditadas desse processo de reorganização do mercado, levando em conta as implicações do mesmo para o consumidor metropolitano. Isso porque a apreciação de cafés de alta qualidade, segmento que toma parte no circuito mais amplo dos produtos gourmets, vem ganhando força nas metrópoles brasileiras, em conjunto com a disseminação massiva de cafeterias especializadas. Do ponto de vista sociológico, levanta-se a pergunta acerca dos modos socialmente estruturados de usar bens de consumo para demarcar relações sociais, já que o consumo de determinadas bebidas, como é o caso do café nas atuais metrópoles brasileiras, pressupõe uma capacitação da percepção, por parte dos consumidores, no sentido de perceber as diferenças internas à composição do produto. Assim, o consumo de café serve para apontar a existência empírica de uma nova forma de competência social, que distingue os indivíduos entre si na medida em que alguns consumidores passam a complexificar o discernimento dos produtos ofertados. Até que ponto essa nova capacitação envolve uma estratégia de distinção por parte de determinados segmentos sociais, caracterizando também novas formas de se conceber o prestígio social, é uma hipótese a ser investigada. Tendo em vista a significativa expansão desse mercado no país, pretendemos dirigir o olhar sobre a repercussão da ampliação do leque de produtos gourmets na formação de novas hierarquias simbólicas entre os consumidores, não só no sentido de uma distribuição desigual das capacidades de apreciação e usufruto dos produtos, mas também no sentido da disseminação de novas formas de conhecimento especializado – isto é, novos símbolos, novos marcadores sociais. Na esteira dessas inovações simbólicas, veremos também como a circulação de determinados sabores traz em evidência os conflitos sociais que se sedimentam nas cafeterias, onde consumidores e especialistas se enfrentam na antinomia das diferenças de percepção adquiridas — e onde o café amargo, forte e encorpado do brasileiro encontra o café de acidez acentuada, torra clara e dotado de notas florais e frutadasItem Desenvolvimento de marcadores scar para identificação de espécies de Meloidogyne do cafeeiro e variabilidade genética e agressividade de populações de M. paranaensis a genótipos de Coffea spp.(Universidade de Brasília, 2016-06-08) Santos, Marcilene Fernandes Almeida dos; Peixoto, José Ricardo; Carneiro, Regina Maria Dechechi GomesOs nematoides das galhas (NGs), Meloidogyne spp., estão entre os patógenos mais importantes economicamente por infectarem raízes de cafeeiro em vários países das Américas. Os objetivos do estudo foram desenvolver marcadores específicos do tipo SCAR para a detecção de duas espécies importantes do cafeeiro na América Central: Meloidogyne arabicida e M. izalcoensis (Tylenchida: Meloidogynidae), e avaliar a variabilidade genética e a agressividade de sete populações de M. paranaensis, uma das espécies de NGs mais destrutivas para o cafeeiro, em Coffea spp., com genes de resistência a Meloidogyne spp. No primeiro estudo, fragmentos polimórficos amplificados através de reações de PCR-RAPD foram selecionados e transformados em marcadores específicos do tipo SCAR. A amplificação dos primers desenvolvidos produziram fragmentos específicos de 300 pb e 670 pb para as espécies M. arabicida e M. izalcoensis, respectivamente. A especificidade dos primers também foi validada para um único indivíduo J2, macho ou fêmea, além de populações de campo, contendo mistura de espécies. Portanto, estes resultados demonstraram a eficácia destes marcadores SCAR para a identificação das espécies M. arabicida e M. izalcoensis, contribuindo para o diagnóstico específico dos NGs nas Américas. No segundo estudo, sete populações de M. paranaensis foram identificadas pela caracterização bioquímica e molecular. Os estudos filogenéticos mostraram que apesar da existência de três fenótipos de esterase (Est P1, P2 e P2a), uma baixa variabilidade genética foi observada, até mesmo em regiões distintas do DNA. A análise molecular mostrou que existe divergência genética na população de perfil P2a da Guatemala, em relação às populações do Brasil (Est P1 e P2). Essa população nos estudos de patogenicidade às cultivares suscetíveis de C. arabica mostrou-se uma das mais agressivas. Nos estudos de agressividade/virulência de M. paranaensis em Coffea spp. foram realizados dois ensaios. No primeiro, foram usadas duas cultivares, C. arabica (cv. Catuaí IAC 81) e C. canephora (cv. Clone 14), e foi confirmada a alta suscetibilidade da cv. Catuaí IAC 81 v com FR > 30 e alta resistência da variedade clonal “Clone 14” com FR < 0,2, em relação a diferentes populações de M. paranaensis. Ou seja, nenhuma população foi virulenta ao ‘Clone 14’ e as populações Par 3 da Guatemala, Par 5 Piumbí-MG e Par 4 Rolândia- PR foram as mais agressivas ao ‘Catuaí IAC 81’. No segundo ensaio foram testados quatro padrões de resistência em relação a sete populações de M. paranaensis: Catuaí Vermelho x Amphillo MR2161 (C. arabica), porta enxerto Apoatã IAC 2258 (C. canephora), Híbrido do Timor UFV 408-01(E1 6-6 II) e cv. IPR 100 (C. arabica), e o controle suscetível cv. ‘Mundo Novo 379-19’. Quanto à agressividade na cultivar Mundo Novo, as populações Par 2 Herculândia-SP, Par 3 da Guatemala e Par 5 PiumbíMG foram as mais agressivas. Nenhuma população de M. paranaensis foi virulenta às quatro cultivares resistentes: Apoatã IAC 2258, Catuaí Vermelho x Amphillo MR2161(E1 16-5 III), IPR 100 e Híbrido do Timor UFV 408-01 (E1 6-6 II), apresentando uma segregação de 15%, 0%, 26% e 31%, respectivamente. Esses resultados são promissores, pois validam a resistência de diferentes fontes genéticas de Coffea spp., para a espécie M. paranaensis.Item Avaliação de indicadores de impacto ambiental para sustentabilidade de unidades produtivas de café orgânico no DF e RIDE(UNB - Universidade de Brasília, 2018-02-26) Silva Júnior, Ermano Corrêa da; Junqueira, Ana Maria ResendeNeste trabalho buscou-se avaliar por meio de indicadores de impacto ambiental a sustentabilidade de unidades produtivas de café orgânico no Distrito Federal e entorno (RIDE). Foram avaliados os fatores Social, Econômico e Ambiental da sustentabilidade em ambientes agrícolas utilizando-se o Sistema APOIA-NovoRural como instrumento. Os 62 indicadores, integrados, do Sistema APOIA-NovoRural foram empregados para avaliar, em um primeiro momento, 6 unidades produtivas de café orgânico da região estudada; e, em um segundo momento, é realizado um recorte utilizando-se pesquisa tipo survey, adaptada de três das cinco dimensões do APOIANovoRural, visando analisar a gestão das demais unidades envolvidas no universo da pesquisa. Inicialmente a avaliação com as 6 unidades apresenta um desempenho adequado e viável de acordo com o sistema proposto. O índice médio de desempenho ambiental da atividade para o conjunto de unidades é de 0,79 (em uma escala de 0 a 1,0 com a linha de base modelada em 0,70). A unidade P1 apresenta-se com o melhor índice médio individual de desempenho, 0,82, seguida das unidades P6 e P2 com 0,80, a P3 com 0,79, a P4 0,77 e P5 0,76. Embora se verifique bons índices médios individuais e do conjunto, é verificada uma exceção para o conjunto na dimensão “Qualidade Ambiental – Solo” = 0,63. Tal constatação, porém, é coerente com extratos literários, onde se pode verificar que o solo do bioma “cerrados” apresenta-se deficiente de diversos nutrientes e com moderado nível de acidez. O sistema APOIANovoRural orienta melhorias no processo produtivo e correções pontuais. O recorte, utilizando-se survey, analisou outras 26 unidades de produção orgânica, inclusive de café, conforme extrato de registro do MAPA e os compara com as 6 unidades da primeira avaliação, objetivando avaliar a sua gestão. O resultado desta avaliação mostra que o índice médio de desempenho da gestão do conjunto dessas unidades é de 0,65, abaixo da linha base que é igual a 0,70, significando que essas unidades possuem uma gestão com fragilidades a serem tratadas. Individualmente a Unidade “P 8” apresenta um índice médio para o conjunto de indicadores das três dimensões avaliadas de 0,70. Essa constatação indica a necessidade de melhor qualificação da gestão dessas unidades. Por fim, a avaliação prospectou oportunidades de aperfeiçoamento e de suporte à produção de café orgânico do local e às demais atividades da agricultura orgânica, bem como subsídio ao processo de certificação.Item Estudos genéticos em populações de Coffea canephora e Manihot esculenta(Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-17) Giles, João Antonio Dutra; Partelli, Fábio LuizConhecer a variabilidade genética de uma população, manifestada por meio de caracteres morfológicos e agronômicos, é essencial para orientar sua conservação e manejo, além de aumentar a eficiência dos programas de melhoramento genético. Após a caracterização dos acessos, o estudo da variabilidade genética pode ser realizado por meio de análises multivariadas, que se baseiam nas diferenças entre os materiais, integrando simultaneamente múltiplas informações do conjunto de caracteres. Dessa forma, considerando também a importância socioeconômica dos cultivos de Coffea canephora e Manihot esculenta, o objetivo geral foi realizar estudos genéticos em populações de ambas as espécies. Para isso, dois trabalhos foram desenvolvidos. O primeiro, intitulado “Divergência e parâmetros genéticos entre genótipos de Coffea canephora”, teve como objetivo estimar os parâmetros genéticos, e estudar a divergência genética em uma população de C. canephora, utilizando procedimentos estatísticos uni e multivariados, aplicados sobre um conjunto de características morfoagronômicas (altura e diâmetro da planta; comprimento do entre-nós dos ramos ortotrópico e plagiotrópico; peso, volume e densidade de fruto maduro; rendimento; produtividade; índice de clorofila; comprimento, largura e área foliar; massa seca e massa seca específica de folha). E o segundo, intitulado “Caracterização agronômica e divergência genética entre genótipos de Manihot esculenta cultivados no Espírito Santo”, teve como objetivo realizar a caracterização morfoagronômica e estudar a divergência genética entre 12 genótipos de M. esculenta, por meio de procedimentos estatísticos uni e multivariados, aplicados sobre um conjunto de características morfoagronômicas (número de raízes tuberosas por planta; peso médio das raízes tuberosas; produtividade; peso total da planta; índice de colheita; altura da planta; altura da primeira ramificação; número de brotações; diâmetro do caule; número de gemas; peso médio de folha; comprimento do pecíolo). Os dois experimentos foram conduzidos no município de Vila Valério - ES, onde os genótipos foram dispostos no delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram detectadas diferenças significativas pelo teste F a 1% ou 5% de probabilidade entre vii os genótipos para as características avaliadas, em ambos os experimentos, evidenciando a heterogeneidade na constituição genética das populações estudadas, o que é favorável ao melhoramento, pois indica a possibilidade de discriminar indivíduos superiores e promissores. Para a população de C. canephora, verificou-se: a variância fenotípica da maioria das características analisadas deveuse predominantemente a causas genéticas; com base na distância generalizada de Mahalanobis, as combinações mais divergentes foram obtidas entre os genótipos 23 e 10 (256,43) e entre 23 e 17 (250,09); os agrupamentos formados pelos métodos de otimização de Tocher e hierárquico UPGMA foram concordantes, agrupando os genótipos em três grupos similarmente; entre as características analisadas, o peso do fruto maduro (19,08%) e a produtividade (15,50%) foram as mais eficientes em explicar a dissimilaridade entre os genótipos. E para os materiais genéticos de M. esculenta, verificou-se: os genótipos 3 (Camuquem) e 11 (Goiás) foram os mais produtivos; as maiores distâncias genéticas foram obtidas entre os genótipos 10 e 12 (222,37) e entre 1 e 12 (208,63); tanto o método de otimização quanto o hierárquico, ordenaram os genótipos em quatro grupos, similarmente; o comprimento do pecíolo (22,86%) e a produtividade (19,20%) foram as características mais eficientes em explicar a dissimilaridade entre os genótipos.