UFLA - Dissertações
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Item Perspectivas de supressividade e qualidade do inóculo rizosférico de Meloidogyne exigua no cafeeiro em alguns períodos do ano(Universidade Federal de Lavras, 2010-08-06) Costa, Lilian Simara Abreu Soares; Campos, Vicente PauloO ovo nos nematóides sofre o processo de embriogênese, com diversas fases, constituindo o estádio de sobrevivência desse organismo no campo. Todas as fases da embriogênese bem como a eclosão do juvenil do segundo estádio (J2) sofrem a influência da temperatura. Os ovos também sofrem os efeitos da microflora da rizosfera a qual também vai afetar o sitio de alimentação de Meloidogyne sp. podendo levar à supressividade de sua população na rizosfera da planta. Entretanto outros fatores podem estar envolvidos na supressão de populações de fitonematóides no campo, como fatores físicos do solo e matéria orgânica. Numa rizosfera estável como na cultura cafeeira (planta perene) a investigação de fatores supressivos durante as diversas estações do ano podem caracterizar o potencial de dano e prejuízo ao cafeeiro pelo inóculo rizosférico de Meloidogyne exigua. Em amostras representativas da rizosfera cafeeira de duas cidades (Lavras e Varginha, MG) avaliou-se o número de galhas, produção de ovos, eclosão de (J2) e desenvolvimento embrionário. Embora os parâmetros avaliados tenham variado bastante entre os dois locais de amostragem e períodos de coleta de amostras (I, II, III e IV) destaca-se o número maior de galhas e produção de ovos (P≤0,05) nos períodos de dezembro\janeiro (III) e março/abril (IV) comparadas aos demais períodos de coleta (junho/julho-I e setembro/outubro-II). Contudo, foi mais elevada (entre 56 a 60%) a eclosão de J2 nas amostras colhidas em I (56% a 60%) seguida daqueles colhidas em IV (entre 13,4% a 22%) e mais baixas nos períodos II e III (0,6% a 5,6%), nos cafezais das duas cidades amostradas. Menor número de J2 foi encontrado nos ovos nos períodos II e III de amostragem, podendo constituir-se em indicativo de supressividade de M. exigua na rizosfera cafeeira.Item Fungos sapróbios como agentes de biocontrole da mancha aureolada do cafeeiro causada por Pseudomonas syringae pv. garcae(Universidade Federal de Lavras, 2013-09-03) Botrel, Dayana Alvarenga; Medeiros, Flavio H. VasconcelosO cafeeiro é de importância social e econômica para o Brasil. Porém, muitas doenças acometem a cultura. Dentre elas, destaca-se a mancha aureolada, causada por Pseudomonas syringae pv. garcae, uma doença emergente que tem causado danos aos viveiros e lavouras. Ainda são poucas as estratégias de manejo disponíveis e o controle biológico pode representar mais uma ferramenta no manejo da doença, como já é observado para outras doenças bacterianas. Objetivou-se, neste trabalho, selecionar fungos sapróbios para o controle da mancha aureolada e determinar os mecanismos de ação envolvidos no controle. Foram utilizados fungos sapróbios oriundos da caatinga para o controle preventivo e curativo da doença, pelo tratamento de plantas já sintomáticas para a mancha aureolada e plantas inoculadas sete dias após o tratamento com o fungo sapróbio. Como controle positivo utilizaram-se os produtos comerciais Greenforce® (15mL pc/L) e Acibenzolar-S-metil – Bion® (0,05g/L) e como controle negativo a água. As plantas foram então avaliadas, semanalmente por quatro semanas, para a altura de plantas e severidade da doença. Os dados de severidade obtidos foram usados para cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Para determinação dos mecanismos de ação envolvidos no controle, para o fungo selecionado como mais promissor para redução da AACPD, foi avaliada a contribuição da antibiose e indução de resistência. A antibiose foi medida pela inibição direta da bactéria por antibiograma, realizado com o sobrenadante do crescimento fúngico e pela produção de voláteis em placa bipartida. Para determinação da contribuição da indução de resistência, foi medida a atividade da fenilalanina amônia liase, peroxidase e ascorbato peroxidase. No ensaio curativo, os fungos Memnoniella echinata e M. levispora reduziram a AACPD (48 e 46%). No ensaio preventivo, tanto para redução (40-72%) da AACPD quanto para aumento (40%) da altura de plantas, o fungo Phialomyces macrosporus foi aquele que garantiu os resultados mais promissores. Aos dois dias após incubação, esse fungo produziu voláteis que reduziram o crescimento do patógeno, mas compostos não voláteis não foram capazes de inibir o crescimento da bactéria. A atividade da POX e PAL foi maior que a testemunha aos sete dias após o tratamento com o sapróbio e a APX foi maior aos 14 dias. Portanto, P. macrosporus tem potencial para ser usado no manejo integrado da mancha aureolada do cafeeiro na produção de mudas e o mecanismo de ação envolve possivelmente uma combinação da antibiose e indução de resistência.Item Controle da mancha manteigosa com fungos sapróbios em cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2013-05-13) Pinto, Felipe Augusto Moretti Ferreira; Abreu, Mário Sobral deO presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos de fungos sapróbios no controle de Colletotrichum gloeosporioides. Foram realizados quatro experimentos. Mudas de cafeeiro foram tratadas com fungos sapróbios e sete dias após o tratamento foram inoculadas com Colletotrichum gloeosporioides. A seguir foram realizados testes in vitro para compreender os mecanismos envolvidos na defesa. Os fungos Memnoniella echinata, Chloridium virescens var chlamydosporium e Phialomyces macrosporus apresentaram redução de 49, 51 e 59%, respectivamente na área abaixo da curva de progresso da doença, obtida com base nos índices de severidade, de acordo com Shaner & Finney (1977). O fungo Phialomyces macrosporus foi testado in vitro em três experimentos. Em cultura pareada com Colletotrichum gloeosporioides, reduziu o diâmetro final da colônia do patógeno em três meios; em MEA, a redução foi de 75%. No teste de Cruz de Malta, Phialomyces macrosporus mostrou fraco poder de inibição a Colletotrichum gloeosporioides. No teste de compostos voláteis foram utilizados três combinações de meio, em placas de poliestireno, divididas ao meio, utilizando CMA para cultivo do fungo sapróbio e MEA para cultivo do patógeno. Observou-se redução de 57% no IVCM e 42,5% na esporulação do patógeno em comparação com a testemunha. Este trabalho mostrou que o fungo Phialomyces macrosporus é promissor no controle de Colletotrichum gloeosporioides em cafeeiro, mas ainda se fazem necessários estudos em campo, para que possa ser utilizado.Item Aspectos bioecológicos, dano e controle biológico do ácaro-vermelho, Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) em cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2007-02-27) Franco, Renato André; Reis, Paulo RebellesO ácaro Oligonychus ilicis (McGregor) vive na superfície superior das folhas de cafeeiros (Coffea spp.), onde tece teia, favorecendo aderência de poeira, detritos e exúvias, dando às folhas aspecto de sujeira. Devido ao seu hábito alimentar, as folhas perdem o brilho, tornando-se bronzeadas. Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972, Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) e Euseius citrifolius Denmark & Muma, 1970 (Acari: Phytoseiidae) são ácaros predadores freqüentemente associados ao O. ilicis, em cafeeiro. Neste trabalho, objetivou-se quantificar os danos causados por O. ilicis em cafeeiro (Coffea arabica L.), por meio de variáveis fisiológicas, dinâmica populacional e controle biológico por ácaros predadores. O levantamento populacional de O. ilicis e fitoseídeos a ele associados foi realizado em um talhão de 1,3 hectare, na fazenda experimental da EPAMIG, em Lavras, MG. O potencial de predação das três espécies de fitoseídeos citadas e a influência da teia tecida por O. ilicis na proteção contra esses ácaros predadores foram verificados, em laboratório, por meio de bioensaios em arenas confeccionadas com folhas de cafeeiro. Por último, quantificou-se o efeito do ataque de O. ilicis na eficiência fotossintetizadora do cafeeiro infestado com esse ácaro. Concluiu-se que: O. ilicis ocorre o ano todo, em especial nos períodos secos; está associado a ácaros predadores pertencentes à família Phytoseiidae de ocorrência natural e produz teia que o protege contra os predadores e causa redução na taxa de fotossíntese das folhas. O uso do controle biológico, do ponto de vista conservacionista e o aumento dos predadores como tática possibilitarão o manejo da praga com maior eficiência e menor impacto ambiental.Item Liberação de larvas de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) para o controle do ácaro vermelho do cafeeiro, Oligonychus ilicis (McGregor, 1917)(Universidade Federal de Lavras, 2011-02-25) Oliveira, Roberto César; Carvalho, César FreireMinas Gerais é o maior produtor de café do Brasil e metade do café produzido nesse estado concentra-se nas regiões sul e oeste. Entre os ácaros de importância econômica para essa cultura, destaca-se Oligonychus ilicis (McGregor, 1917), conhecido como ácaro vermelho do cafeeiro, que ocorre nos períodos mais secos do ano. Associado a esse ácaro e com período de maior ocorrência coincidente com o desse artrópode, encontra-se Chrysoperla externa (Hagen, 1861), um predador naturalmente encontrado no agroecossistema cafeeiro e que atua na regulação da população de várias espécies de artrópodes. Este trabalho foi realizado com a finalidade de estudar, em condições de laboratório, algumas características biológicas das fases imaturas e dos adultos de C. externa originados de larvas alimentadas com O. ilicis. Para a realização dos experimentos larvas de primeiro, segundo e terceiro ínstares de C. externa foram alimentadas com ovos, ninfas e adultos do ácaro fitófago, sendo avaliadas, num período de 24 horas, a capacidade de consumo e a sobrevivência das larvas do predador. As larvas de segundo e terceiro ínstares de C. externa consumiram 57,6% e 67,3% dos ácaros adultos, sendo possível concluir que estas auxiliem na regulação populacional de O. ilicis em plantas de café.Item Seletividade de acaricidas usados em cafeeiro para Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae)(Universidade Federal de Lavras, 2009-02-16) Vilela, Michelle; Carvalho, César FreireOs crisopídeos são encontrados naturalmente no agroecossistema cafeeiro, sendo importantes na regulação populacional de insetos e ácaros-praga. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a seletividade fisiológica de acaricidas utilizados na cultura cafeeira para ovos, larvas, pré-pupas e adultos de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) e reflexos nas fases subsequentes do seu desenvolvimento. Os acaricidas foram: espirodiclofeno (Envidor – 0,12 g i.a./L), fenpropatrina (Meothrin 300 – 0,15 e 0,30 g i.a./L), enxofre (Thiovit Sandoz – 4,0 e 8,0 g i.a./L), abamectina (Vertimec 18 EC – 0,0067 e 0,0225 g i.a./L) e testemunha (água). As pulverizações dos compostos foram realizadas diretamente sobre o crisopídeo por meio de torre de Potter. Após a pulverização, os espécimes foram mantidos em câmara climática, a 25±2 o C, UR de 70±10% e fotofase de 12 horas. Avaliaram-se duração, viabilidade dos ovos e sobrevivência das larvas, pré- pupas e adultos, e viabilidade dos ovos produzidos pelos adultos provenientes dos insetos tratados. Cada produto foi enquadrado em classes de toxicidade conforme escala proposta pela IOBC. Fenpropatrina (0,3 g i.a./L) foi nocivo; fenpropatrina (0,15 g i.a./L), espirodiclofeno, enxofre e abamectina foram moderadamente nocivos aos ovos do predador. Para larvas, fenpropatrina foi nocivo; espirodiclofeno e abamectina moderadamente nocivos e enxofre foi levemente nocivo a C. externa. Quanto aos adultos, fenpropatrina foi nocivo; espirodiclofeno, abamectina e enxofre (8,0 g i.a./L) moderadamente nocivos e enxofre (4,0 g i.a./L) foi levemente nocivo. Em função da baixa toxicidade para larvas, pré-pupas e adultos, enxofre (4,0 g i.a./L) pode ser recomendado em programas de manejo de pragas do cafeeiro, visando à conservação dessa espécie de predador.