UNESP - Teses
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Item Interferência de Digitaria insularis em Coffea arabica e respostas destas espécies ao glyphosate(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-01-31) Carvalho, Leonardo Bianco de; Alves, Pedro Luis da Costa AguiarO capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma importante planta daninha na cultura do café, onde pode estar sendo selecionada devido à aplicação frequente de glyphosate. Os objetivos foram (i) estudar os efeitos da convivência do capim-amargoso sobre o processo fotossintético, a nutrição mineral e o crescimento inicial do cafeeiro; (ii) estudar os efeitos da aplicação de glyphosate sobre o processo fotossintético, a nutrição mineral e o crescimento inicial de plantas jovens de café; e (iii) detectar a resistência do capim-amargoso ao glyphosate e investigar mecanismos de resistência da planta daninha ao herbicida. Os experimentos com plantas de café foram realizados na Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal, SP, enquanto aqueles sobre resistência do capim-amargoso ao glyphosate foram desenvolvidos na Universidad de Córdoba, Espanha. Os tratamentos para o experimento de convivência constituíram-se de densidades crescentes de capim-amargoso convivendo com uma planta de café. Foram avaliadas características fotossintéticas e de crescimento, teores e acúmulos de macronutrientes. Os tratamentos para os experimentos de aplicação de glyphosate em cafeeiro constituíram-se de doses crescentes do herbicida, além de estádio da planta na aplicação e época de avaliação. Foram avaliadas características fotossintéticas e de crescimento e teores de macronutrientes. Nos estudos de resistência, os tratamentos constituíram-se de biótipos de capim-amargoso, doses crescentes de glyphosate, partes da planta e época de avaliação. Foram avaliados massa fresca e seca, concentração de ácido chiquímico, ângulo de contato, retenção foliar, absorção, translocação e metabolismo do glyphosate. A taxa fotossintética da unidade foliar pouco foi influenciada pela convivência com capim-amargoso, porém o processo fotossintético global do cafeeiro foi reduzido, influenciando assim no crescimento inicial da cultura. A nutrição mineral do cafeeiro foi afetada negativamente pela convivência com capim-amargoso, influenciando no crescimento inicial da cultura. O crescimento inicial do cafeeiro foi reduzido em virtude da convivência com capim- amargoso. A densidade crítica para interferência de capim-amargoso em cafeeiro foi de uma planta por cova. O processo fotossintético do cafeeiro, no geral, foi estimulado com a aplicação de sub-doses de glyphosate e reduzido em doses mais altas, ao menos até duas semanas depois da aplicação. O efeito estimulante sobre a fotossíntese foi dependente do estádio da planta no momento da aplicação. Os teores de fósforo, magnésio e enxofre foram reduzidos em função da aplicação de doses crescentes de glyphosate. O efeito da aplicação do glyphosate sobre a nutrição mineral do cafeeiro foi pouco influenciado pelo estádio da planta no momento da aplicação. A resposta do crescimento inicial de plantas de café à aplicação de glyphosate foi dependente do estádio da planta no momento da aplicação. Plantas mais jovens não apresentaram estímulo no crescimento inicial quando expostas à sub-doses de glyphosate; porém, quando a aplicação foi feita em estádio mais avançado, houve estímulo do crescimento. Foi detectado biotipo de capim-amargoso resistente ao herbicida glyphosate por meio dos experimentos de dose-resposta e acúmulo de ácido chiquímico. Não houve relação da retenção foliar e do ângulo de contato com a resistência de capim-amargoso ao herbicida glyphosate. A absorção é mecanismo indireto de resistência do capim- amargoso ao herbicida glyphosate. A translocação é mecanismo de resistência de capim-amargoso ao herbicida glyphosate. O metabolismo é mecanismo de resistência do capim-amargoso ao glyphosate.Item Qualidade da pulverização em volume reduzido para o controle do bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-meneville & Perrottet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae)(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-04-25) Lasmar, Olinto; Ferreira, Marcelo da CostaO controle do bicho-mineiro Leucoptera coífeella é feito principalmente através de pulverizações foliares com volumes altos de calda. Como alternativa promissora no manejo de pragas na cafeicultura há a aplicação em volume reduzido, que aplica menores volumes de água e economiza recursos operacionais. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade da pulverização de inseticida na cultura do café utilizando volume reduzido com diferentes concentrações de adjuvante (Óleo mineral) para controle do bicho-mineiro (L. coffeella). As avaliações do trabalho foram: cinética da tensão superficial e do ângulo de contato de gotas, retenção foliar e influência de chuva artificial sobre folhas de cafeeiro tratadas com caldas fitossanitárias constituídas por diferentes concentrações de óleo mineral a 5, 10, 15 e 20% (v/v), representando caldas fitossanitárias possíveis de utilização num pulverizador de volume reduzido, mais a concentração de 0,59% (v/v), comumente utilizada em turbo-pulverizadores tradicionais; além disso, com estas caldas avaliaram-se o tamanho de gotas com diferentes tipos de bocais pneumáticos (jato plano, jato cônico, modelo AT-1000 e efervescente), depósito de marcador, cobertura foliar, controle do inseto alvo e a distribuição espacial de deriva a partir de um pulverizador protótipo de volume reduzido comparado ao pulverizador de jato transportado. As caldas fitossanitárias nas concentrações de óleo mineral a 5 e 10% (v/v) proporcionam as melhores condições para utilização em um pulverizador de volume reduzido. Tanto caldas aquosas quanto caldas oleosas, aplicadas sobre plantas de café apresentam características semelhantes em relação à quantidade de depósito após uma chuva de 20 mm. A aplicação em volume reduzido, proporcionada pelo protótipo de um pulverizador com bocais pneumáticos do tipo efervescente, comparada ao turbo- pulverizador tradicional, apresenta boas condições de uso, principalmente em relação ao depósito de calda e controle de L. coffeella. Em relação à deriva de caldas fitossanitárias aplicadas pelo protótipo de um pulverizador para volume reduzido, o método proposto é confiável e representativo para caracterizar a distribuição espacial da deriva de caldas fitossanitárias, avaliado pela amostragem de gotas depositadas em coletores passivos. Portanto, a recomendação mais eficiente e segura quanto aos aspectos avaliados para o uso do protótipo de um pulverizador para volume reduzido, visando o controle de L. coffeella, ocorre a partir de caldas inseticidas com concentrações de óleo mineral a 5 ou 10% (v/v). Com base na qualidade da pulverização obtida com o protótipo de um pulverizador para volume reduzido nesta pesquisa, ainda há necessidade de ajustes para uma versão comercializável.Item Fauna de Ichneumonidae (Hymenoptera: Ichneumonoidea) em um agroecossistema cafeeiro no estado de São Paulo(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-12-17) Fernandes, Daniell Rodrigo Rodrigues; Perioto, Nelson WanderleyO objetivo deste trabalho foi estudar a fauna de Ichneumonidae (Hymenoptera: Ichneumonoidea) em um agroecossistema cafeeiro localizado em Cravinhos, SP, Brasil, identificar as espécies encontradas, analisar a diversidade, sazonalidade e os métodos de amostragem. A amostragem foi realizada semanalmente entre maio de 2005 e abril de 2007 com armadilhas de Moericke e luminosa modelo Jermy. As armadilhas de Moericke foram fixadas em estacas de madeira próximas aos terços inferior e médio da planta e permaneceram ativas por 48 horas/semana; foram estabelecidos 20 pontos de amostragem em um ha e, em cada ponto, instalados três conjuntos de armadilhas, distantes entre si por um metro. As armadilhas luminosas foram fixadas de forma que sua cobertura ficasse na altura do dossel das plantas; foram instaladas duas armadilhas em um talhão de um ha, ativas por dois períodos de 12 horas/semana. Foram obtidos 1803 exemplares de Ichneumonidae, de 62 gêneros e 109 espécies, dentre as quais 37 nominais e 72 morfoespécies, distribuídas em 16 subfamílias. As espécies mais abundantes foram Lissonota sp. (Banchinae), Ophion flavidus Brullé, 1846 (Ophioninae), Mesostenus alvarengae Porter, 1973 (Cryptinae), Thymebatis sp. 1 (Ichneumoninae), Netelia sp. (Tryphoninae), Pimpla sp. (Pimplinae), Eiphosoma laphygmae Costa Lima, 1953 (Cremastinae) e Syzeuctus sp. (Banchinae), com 578, 318, 102, 97, 87, 66, 52 e 49 exemplares capturados, respectivamente. O índice de diversidade de Margalef foi de 14,41, o de Shannon de 2,81 e o de Pielou 0,60. Foram coletados 1243 (68,9% do total) exemplares com armadilhas Moericke e 560 (31,1%) com armadilha luminosa. A diversidade de espécies de Ichneumonidae encontrada foi maior na armadilha Moericke em relação à luminosa; para grupos de hábito norturno ocorreu o inverso. As armadilhas Moericke instaladas no terço inferior e no terço médio das plantas não diferiram quanto à diversidade de Ichneumonidae capturada. Na primavera foi obsevada maior diversidade de Ichneumonidae (70 espécies), seguida pelo outono (50), verão (49) e inverno (43), essa última com menor número de espécies compartilhadas com outras estações e menor número de espécies exclusivas; o outono e o verão apresentaram faunas similares e 14 espécies ocorreram nas quatro estações do ano. O agroecossistema estudado apresentou alta diversidade de ichneumonídeos, a despeito de ser uma monocultura.