Objetivou-se, neste trabalho, avaliar e detectar padrões espaciais de área plantada e produção cafeeira no estado de Minas Gerais, entre os anos de 1990 e 2008. Para tanto, foram utilizados dados do IBGE, e o sistema de informação geográfica TerraView, que permitiu a agregação das informações cadastrais do IBGE com a divisão municipal cartográfica do Estado. A integração dos dados num SIG permitiu visualizar os dados espacialmente, e possibilitou a identificação das regiões do Estado mais importantes para a cafeicultura. Entre os anos de 1990 e 2009, houve um acréscimo de 16,51% na área plantada, sendo que as mesorregiões Sul/Sudoeste de Minas e Zona da Mata foram as que apresentaram maior crescimento da cafeicultura. Por outro lado, as mesorregiões Central Mineira e Vale do Mucuri tiveram suas áreas de café diminuídas nesse mesmo período. Os mapas de densidade de área plantada, em relação à área do município, revelaram que as regiões Sul/Sudoeste de Minas e Zona da Mata são as que mais dependem economicamente da cafeicultura. Com relação à produção, houve uma redução do número de municípios que produzem menos de 50 mil sacas e um aumento dos que produzem mais de 50 mil sacas. Os dados de produção do IBGE foram comparados aos do Anuário Estatístico do Café, observando-se uma enorme diferença de grandezas entre os dados, até o ano 2002.
The aim of this study was to identify coffee cropped areas and production spatial patterns in the state of Minas Gerais between 1990 and 2009. IBGE and Statistic Coffee Yearbook data were used. The data was treated by the TerraView Geographic Information System, which overlaid the coffee information with the state’s district cartographic division. During the years studied, the cultivated area increased by 17.13%. The South/Southwest, Zona da Mata and Northern regions presented the highest growth. The regions Central Mineira and Vale do Mucuri had their coffee areas reduced. The production of the Zona da Mata and South/Southwest regions of the state increased. There was also a reduction of 20.46% in the number of districts that produce up to 50,000 60 kg bags of coffee per year. A comparison of the IBGE and Statistic Coffee Yearbook data evidenced a large discrepancy between the official statistics, which showed a greater alignment only from the year 2002 onwards.