Resumo:
Com o aumento do uso da irrigação nas lavouras cafeeiras no Brasil, houve um acréscimo no registro de deficiências nutricionais nessas lavouras, mesmo em situações em que se constata o uso de doses de adubação um pouco acima do recomendado. Na verdade, as recomendações de adubação das lavouras irrigadas não são baseadas em constatações científicas e sim em tentativas. Na década de 70, foi elaborado por pesquisadores do IAC para todo o Brasil, o zoneamento climático para os cafés arábica e robusta, que determinou áreas com melhores condições de temperatura e disponibilidade de água, restringindo áreas mais sujeitas a geada ou com deficiências hídricas, das quais no final da década de 80 passaram a ser cultivadas mediante a irrigação (O Agronômico, 2007). A irrigação não é uma prática recomendada extensivamente para regiões zoneadas como climaticamente aptas à cafeicultura, no entanto, essas regiões sofrem com o efeito das estiagens prolongadas nos períodos críticos de demanda de água pelo cafeeiro, promovendo queda de produção e de qualidade, indicando a necessidade e a viabilidade da adoção da prática da irrigação.