Os nematóides (Meloidogyne spp.) diminuem a longevidade para menos que 6 anos destruindo as raízes dos cafeeiros (Coffea spp.). No estado do Paraná, os mais danosos são M. paranaensis e M. incognita raças 2 e 1. A enxertia de C. arabica sobre C. canephora resistentes, especialmente, o porta-enxerto Apoatã IAC 2258 tem sido bem sucedido. O controle dos fitonematóides mais eficiente e economicamente viável é o genético. O objetivo deste trabalho foi selecionar cafeeiros de C. canephora var. robusta com resistência aos nematóides M. paranaensis e M. incognita raças 2 e 1. Avaliaram-se 25 genótipos na metodologia de Taylor (1971), em torno de 90 plantas/genótipo, em delineamento blocos ao acaso com três repetições e os genótipos de resistência foram determinados pelo teste c 2 . Como testemunha suscetível utilizou-se a cultivar Mundo Novo IAC 376-4. As variáveis avaliadas foram incidência dos nematóides e volume radicular. Verificou-se a homogeneidades das variâncias pelo teste de Cochran. Realizou-se a ANAVA e o teste de médias Scott-Knott a 1%. Os níveis de resistência encontrados foram resistente, moderadamente resistente, moderadamente suscetível e suscetível. Foram encontrados cinco plantas do porta-enxerto C. canephora var. robusta com homozigoze para a resistência ao M. paranaensis e M. incognita raça 1 e moderada resistência ao M. incognita raça 2, todos com bom volume radicular. Estas plantas serão usadas para campo de sementes de uma cultivar porta-enxerto do tipo população. É necessário avaliar a freqüência de plantas resistentes a diferentes espécies e raças de nematóides parasitos do gênero Meloidogyne, bem como avaliar o volume radicular para que se tenha um porta-enxerto de melhor comportamento. Há variabilidade genética para o volume radicular e para a resistência ao M. paranaensis e M. incognita raça 1 e raça 2 e o determinismo genético dessas características foram altas, 91,2 a 93,7% para resistência aos nematóides e 63,6 a 82,7% para volume radicular, indicando boas possibilidades de êxito na seleção, utilizando esta metodologia. A agressividade do M. incognita raça 1 é menor do que a de M. incognita raça 2 e M. paranaensis.
The root-knot nematodes (Meloidogyne spp.) reduce the productivity longevity for less than six years destroying the coffee (Coffea spp.) root system. In Paraná state, M. paranaensis and M. incognita races 2 and 1 are more aggressives. The use o resistant cultivars is the most efficient and economically viable control method. The use of rootstock resistant cultivars, especially cultivar Apoatã IAC-2258 of C. canephora var. robusta, has been successful, but there are segregation to susceptible ones and root system. The aim of this research was to identify C. canephora var. robusta coffees with M. paranaensis, M. incognita races 2 and 1 resistance. Twenty-five C. canephora genotypes were evaluated by using Taylor´s evaluation methodology (1971), conducted in randomized blocks design with three replications and 30 plants per plot. The genotypes of resistance were determined by using c 2 test. The cultivar Mundo Novo IAC 376-4 was used as susceptible standard. The variables evaluated, nematodes incidence and root volume, presented homogeneous variances by Cochran's test (Gmax) at 1% level of significance. It was accomplished the ANAVA and the test of comparison of means Scott-Knott at the 1% level of significance. The resistance levels founded were resistant, moderately resistant, moderately susceptible and susceptible. They were found five plants of the C. canephora var. robusta with homozigous and simultaneous resistance to the M. paranaensis and M. incognita race 1 and moderate resistance to M. incognita race 2, all with good root volume. These plants will be vegetatively propagated to begin seed production plantation of population type cultivar. There is high genetic variability for the root volume and for the resistance to M. paranaensis and M. incognita races 2 and 1. The genetic determinism of those characteristics were high, 91,2 to 93,7% for nematodes resistance and 63,6 to 82,7% for root volume, indicating good possibilities of success in the selection, using this methodology. The M. incognita race 1 aggressiveness is lower than M. incognita race 2 and M. paranaensis.