Resumo:
Com o objetivo de reduzir o teor de umidade inicial do café depois de sair do lavador, reduzindo desta forma a possibilidade de deterioração do produto por fermentação e desenvolvimento de fungos, foi construída, no setor de Pré-Processamento de Produtos Vegetais do DEA/UFV, uma centrífuga que opera no sentido horizontal e em batelada. A máquina em questão possui uma moega de alimentação em uma das extremidades, onde o produto é colocado e conduzido até um tronco de cone confeccionado em chapa perfurada com 300 e 600 mm de diâmetros, menor e maior, respectivamente. O comprimento deste tronco de cone é de 1400 mm e o mesmo está acoplado a um eixo movimentado por um motor. Nesta parte da máquina ocorre a centrifugação do produto. Para efeito de teste, foi utilizado um motor, que possui acoplado a ele um variador de velocidade,
que permite controlar a rotação do eixo do motor e conseqüentemente do tronco de cone. Depois da centrifugação, considerando o tempo desejado para o processo, a máquina é desligada e o produto é descarregado pela extremidade oposta à de alimentação. Os testes foram realizados com café cereja demucilado e café bóia. Para tanto, foram utilizadas três diferentes rotações (300, 400 e 500 rpm) e três diferentes tempos de centrifugação (30, 45 e 60s). Para cada teste realizado foram retiradas amostras do produto antes e depois do processo, para determinação do teor de umidade. Nos resultados obtidos a perda de água do produto pela centrifugação foi da ordem de 5%, alcançando em alguns casos valores superiores a 8%. As rotações testadas não apresentaram resultados significativamente diferentes entre si ao nível de 5% pelo teste de Duncan. Dos
tempos de centrifugação testados pode-se concluir que quanto maior o tempo, maior é também a perda de água pelo produto.
Descrição:
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.