Resumo:
O café possui grande importância econômica e social para o Espírito Santo. Apesar de toda tecnologia desenvolvida ao longo dos anos visando a melhoria do produto, a cafeicultura capixaba ainda enfrenta problemas referentes aos impactos ambientais que vão desde a etapa de plantio até o processamento do produto. Aliando essa problemática com a necessidade de preparar a nova geração de profissionais da cafeicultura a solucionar esses e outros problemas, o objetivo deste trabalho foi medir a percepção dos alunos do Curso de agronomia e Técnico em Agropecuária do IFES – Campus Itapina, quanto os impactos ambientais gerados pelo cultivo do café. Participaram deste estudo 56 alunos com faixa etária compreendida entre 14 e 22 anos. O instrumento de análise utilizado foi em forma de questionário estruturado de acordo com Viegas (1999) como estruturado/semiaberto. A grande maioria dos estudantes possui uma relação de proprietário com o negócio do café (89%), seguidos pela condição de colono/meeiro (3,5%), diarista (3,5%) e outro (3,5%). Os principais impactos ambientais relatados foram: degradação do solo, uso significativo de agrotóxicos e gerenciamento incorreto dos efluentes. Os alunos demonstraram ter uma correta percepção sobre os principais impactos ambientais oriundos da cadeia produtiva do café, além de proporem soluções plausíveis para esses problemas. No entanto, se faz necessário desempenhar ações que estimule a proatividade e a capacidade inovativa dos alunos, colocando em prática os conhecimentos adquiridos.