Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da associação de mistura orgânica não estabilizada com adubo mineral na fertilidade do solo e na produtividade de cafeeiros arábica. O experimento foi instalado em DBC, com cinco tratamentos e três repetições. Os tratamentos constituíram de percentuais entre mistura de materiais orgânicos não estabilizados (cama de frango e palha de café) com a formulação mineral 20-05-20 nas proporções (Org:Quim): 0:100; 25:75; 50:50; 75:25 e 100:0, fornecendo 400 kg N ha -1 . Avaliou-se as características químicas do solo e a produtividade em sacas de 60 kg ha -1 café. Todos os tratamentos aplicados ao solo apresentaram diferentes classes de fertilidade. O tratamento com a combinação 75:25 (Org:Quim) foi o que proporcionou maior valor de pH, enquanto que o tratamento 100% químico apresentou o menor valor que refletiu nos elevados teores de acidez trocável. Novamente o tratamento 75:25 (Org:Quim) apresentou os valores de Ca 2+ e Mg 2+ classificados como bons e os demais foram classificados como baixo (0:100) e médio (25:75; 50:50; 100:0). Quanto aos teores de P e K + no solo, os tratamentos 100% químico e 50:00 (Org:Quim) foram classificados como bons e os demais como muito bom. Com relação a produtividade, embora não tenha observado diferenças significativas entre os tratamentos, constatou-se que 0:100, 50:50 e 75:25 (Org:Quim) apresentaram valores superiores à média nacional para 2019 e aumento de 33% em relação aos demais tratamentos avaliados. O tratamento 75:25 (Org:Quim) propicia os melhores valores nutricionais no solo de acordo com as condições do presente estudo. A produtividade do cafeeiro não é afetada pelo uso de adubação organomineral, que pode ser utilizada na redução da adubação química e contribuir para a sustentabilidade de produção.