O presente trabalho objetivou avaliar a incidência e severidade da ferrugem e cercosporiose em lavouras cafeeiras submetidas a diferentes sistemas de irrigação e lâminas d’água. O experimento foi iniciado em maio de 1997, na fazenda Paraíso, distrito de Amanhece, município de Araguari, MG. Foi conduzido numa área de 2 ha, em cafezal de oito anos, variedade Mundo Novo, linhagem 388-17, com espaçamento de 4 x 1 m. O delineamento experimental usado foi o de blocos casualizados, com três
repetições e 16 tratamentos. As parcelas foram constituídas por três fileiras, considerando-se como área útil 10 plantas da fileira central. Os tratamentos foram: gotejamento com 60, 80 e 100 mm/mês; mangueira plástica perfurada com 80, 100 e 120 mm/mês; pivô central com 100 mm/mês; e testemunha sem irrigação, todos com e sem tratamento fungicida. As amostras foram coletadas quinzenalmente, retirando-se 12 folhas por planta, sendo seis folhas de cada lado, nos terços médio e superior da planta, entre o terceiro e quarto pares de folhas dos ramos plagiotrópicos, totalizando 120 folhas/parcela. Após quatro
anos de coletas, foram feitas as avaliações para incidência (número de folhas lesionadas) e severidade (número de lesões/folha). Na análise dos resultados foi utilizado o teste de Tukey a 5% de significância, para comparação das médias. A evolução da incidência e severidade de cercosporiose em cafeeiro não foi influenciada pelo sistema de irrigação, enquanto a ferrugem do cafeeiro foi influenciada pelo sistema e pela lâmina de irrigação. A área irrigada pelo sistema de gotejamento com maior lâmina d’água (100 mm/mês) apresentou maior produtividade e qualidade do café. O molhamento foliar não influenciou a
incidência e a severidade da cercosporiose. O manejo da cercosporiose e ferrugem do cafeeiro deve ser intensificado na época de crescimento e maturação dos frutos. O controle químico torna-se de vital importância para garantir a produtividade e qualidade do café do cerrado.
The objective of this work was the evaluation of the incidence and severity of coffee rust and brown spot in coffee plants with differents kinds of irrigation methods and water depths. The experiment has started in may, 1997, at Paraiso Farm in Amanhece District, Araguari, MG. It was used an area of two ha, with the cultivar Mundo Novo, line 388-17, spaced at 4 X 1 m. The experimental design was random blocks with three replications and sixteen treatments. The plots had three lines with tem plants in the useful area. The treatments were drip irrigation, 60, 80 and 100 mm/month; plastics tapes, 80, 100 e 120 mm/month; center pivot 100 mm/month and non irrigated check. All treatments with and without fungicide treatment. The samples were colleted at 15 days interval. It was sampled six leaves by plant in the medium part of plagiotropic branches. After four years, it was observed that the evolution of brown spot in coffee plants was not associated with irrigation method, but reaction to coffee leaf rust was, the chemical treatment was useful in the decrease of coffee leaf rust and brown spot and increase the productivity; best quality of coffee and the management of these two diseases must be intensified at the fruit production period. Biggest productivity was obtained in drip irrigation methods with 100 mm of depth.