O adensamento de plantio em lavouras cafeeiras vem sendo adotado em busca de ganho de produtividade com menor custo de produção. O maior número de plantas por unidade de área proporciona mudanças no ambiente podendo afetar a ocorrência de problemas fitossanitários. O objetivo do presente trabalho foi verificar a influência de diferentes espaçamentos de plantio na infestação pelo bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) e na ocorrência de seus parasitóides, bem como na infecção pelas doenças ferrugem (Hemileia vastatrix), cercosporiose (Cercospora coffeicola) e mancha de Ascochyta (Ascochyta coffeae). O trabalho foi desenvolvido na Estação Experimental da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, município de Barra do Choça, BA, com delineamento experimental em parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas pelas variedades de Coffea arabica Catuaí e Catucaí e as subparcelas pelos espaçamentos de plantio, com quatro repetições e nove espaçamentos, totalizando 72 parcelas. Os espaçamentos foram: 4,0m x 1,0m; 4,0m x 0,80m; 3,0m x 1,0m; 3,0m x 0,80m; 4,0m x 0,50m; 2,0m x 1,0m; 2,0m x 0,80m; 3,0m x 0,50m; 2,0m x 0,50m. Foram realizadas amostragens mensais no quarto par de folhas do terço superior das plantas para quantificar folhas com minas, folhas com minas parasitadas, total de minas, minas com larva viva, minas parasitadas e folhas com sintomas de ferrugem, cercosporiose e mancha de Ascochyta. Os resultados indicaram que os maiores espaçamentos favorecem a ocorrência do bicho-mineiro; e na variedade Catucaí, favorece o parasitismo. Foram obtidos 25 parasitóides das espécies Closterocerus coffeelllae (Ihering) (12%); Stiropius sp.1 (36%) e Neochrysocharis coffeae (Ihering) (52%). Maiores espaçamentos proporcionam menores infecções pela ferrugem, acontecendo o inverso para a cercosporiose, enquanto que a ocorrência da mancha de Ascochyta não sofre influência do espaçamento. Os níveis de infestação pelo bicho-mineiro e de infecção pelas doenças variaram significativamente nos meses avaliados.
The use of high plant densities in coffee plantations has been adopted looking for higher productivity at lower production costs. A higher number of plants per area provides environmental changes which can affect the occurrence of phytosanitary problems. The objective of the present work was to verify the influence of three different plant spacings in the leaf-miner infestation (Leucoptera coffeella) the occurrence of its parasitoids, as well as the infections by the diseases leaf-rust (Hemileia vastatrix), brown-eye-spot (Cercospora coffeicola) and aschochyta stain (Ascochyta coffeae). The research was developed at the Estação Experimental da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Barra do Choça, Bahia, using an experimental design in split plots, being the plots constituted by the cultivars Catuaí and Catucaí and split plots the plant spacings, totalizing 72 plots. The spacings were as follow: 4,0m x 1,0m; 4,0m x 0,80m; 3,0m x 1,0m; 3,0m x 0,80m; 4,0m x 0,50m; 2,0m x 1,0m; 2,0m x 0,80m; 3,0m x 0,50m; 2,0m x 0,50m. Samples were performed monthly at the fourth pair of leaves at the upper third part of the plant to quantify the leaves with parasited mines, total of mines, mines with living larvae, parasite mines and leaves showing symptoms of leaf-rust, brown-eye-spot, Aschochyta stain. The results indicated that large spacings favored the incidence of leaf-miner and the variety Catucaí favors parasitism. 25 parasitoids of the species Closterocerus coffeellae (Ihering) (12%); Stiropius sp.1 (36%) and Neochrysocharis coffeae (Ihering) (52%) were obtained. Larges spacings provide smaller infections by leaf-rust, the opposite occurred for brown-eye-spot, while Aschochyta stain does not suffered spacing influence. The infestation levels by leaf miner and infection by diseases varied significantly in the months evaluated.