Resumo:
No presente experimento objetivou-se estudar o efeito da adição de cafeína no sêmen de galos utilizados para a inseminação artificial de poedeiras leves da raça Legorne branca, do plantel da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Fez-se um pool com o sêmen colhido de 50 galos, e este foi dividido em oito frações, correspondendo aos seguintes tratamentos: 1) sêmen puro; 2) sêmen diluído 1:4 em Beltsville Poultry Semen Extender (BPSE); e 3) sêmen diluído em BPSE adicionado de 2mM de cafeína imediatamente após a colheita. As demais frações foram semelhantes à fração 3, sendo a cafeína adicionada 4, 8, 12, 24 e 48 horas após a colheita. Analisaram-se microscopicamente todas as amostras, para a determinação da motilidade espermática das mesmas. Esse procedimento foi feito imediatamente após a colheita do sêmen e foi repetido a 1, 2, 3, 4, 8, 12, 24 e 48 horas após a mesma. A fertilidade foi determinada por meio da inseminação artificial de 264 galinhas, divididas em 33 grupos de oito aves, e verificada pela fertilidade dos ovos após incubação. A diluição do sêmen em BPSE retardou a queda da motilidade espermática ao longo do período de estocagem e aumentou a fertilidade, quando comparado ao sêmen puro. A adição de cafeína estimulou significativamente a motilidade espermática após 24 horas de estocagem à temperatura de 20 a 22oC, quando comparada ao sêmen diluído em BPSE. Esse estímulo foi mais evidente quando a motilidade encontrava-se diminuída no decorrer da estocagem. Apesar das diferenças no estímulo da motilidade, houve pouca diferença na fertilidade do sêmen sob os diversos tratamentos, e a adição de cafeína logo após a colheita apresentou os piores resultados. A adição de cafeína ao sêmen de galo constitui-se em um recurso que pode ser utilizado para maximizar a fertilidade de sêmen estocado por períodos superiores a 24 horas. Essa adição deverá ser feita próximo à hora de inseminação.