1. Introdução ...... 331
2. Lavouras tradicionais e adensadas ...... 334
3. Lavouras irrigadas ...... 342
4. Lavouras arborizadas (e sombreadas) ...... 344
5. Lavouras orgânicas ...... 346
6. Summary ...... 351
Referências bibliográficas ...... 352
1. INTRODUÇÃO
A produtividade dos cafezais brasileiros tem aumentado no último quarto de século, embora lentamente, chegando hoje a pouco mais de 10 sacas café beneficiado por hectare (600 kg/ha). Há, entretanto, muita diferença entre um Estado e outro e dentro do mesmo Estado, como é o caso das quatro regiões cafeeiras de Minas Gerais de onde a faixa de variação começa em pouco mais de 10 e vai quase até 20 por sacas hectare. De um modo mais geral as variações encontradas são devidas à existência de produtores tecnificados que sustentam médias móveis de 4 anos de 40 sacas ou mais e, mais recentemente, à prática da irrigação em que o níve1 sobe para 60 sacas. Várias causas em conjunto ou isoladas explicam as baixas produtividades:
(1) baixas densidades de plantio;
(2) falta de práticas culturais adequadas e oportunas;
(3) incidência de pragas e moléstias;
(4) incertezas do clima (seca, geada);
(5) falta de correção da acidez ou calagem mal feita;
(6) adubação inadequada em um ou mais aspectos (doses, proporções entre os elementos, localização, época de aplicação).
Estes aspectos negativos são discutidos por MALAVOLTA (1993, 2000 - a). É justo assinalar, de outro lado, um aspecto altamente positivo que começou a ocorrer nos últimos 10 anos aproximadamente - a preocupação crescente com a qualidade do café a qual, entretanto, ainda não está sendo acompanhada de um esforço comensurável de "marketing" interno e, principalmente externo, em parte porque o País continua amarrado a convênios e acordos que quase sempre beneficiam os competidores mais que ao Brasil. As lições de história mais recente do café, do inicio do século XX, já passado não foram assimiladas. Cuidados maiores na colheita e no beneficiamento têm contribuído para a melhoria da qualidade do café brasileiro o que já está preocupando concorrentes tradicionais. É oportuno mencionar que, no caso do café, diferentemente do que acontece com outras culturas exemplificadas pelos cítrus, quantidade e qualidade não são incompatíveis.
Although as a abroad average, productivity of coffee in circa 2.2 million ha is still low, around 13 60 kg bags per ha, there are farms, small, intermediate and large (more than 1,000 ha) with 4 years mobile averages 3 - 4 times higher, even more under irrigation. Low density planting, lack of proper fertilization and liming, drought and frost are causes of low yields. In recent years, more attention has been dedicated to coffee quality which is helping the coffee farmers to realize higher profit both in the internal and in the external market as well, forcing foreign producers to face an increased competition. Several changes are taking place in the fertilization practice such as: reduction in rates according to the higher planting densities (up to 20,000 covas or holes per ha instead of the traditional 1,000), which is justified by increased efficiency of the fertilizer applied, as demonstrated at the experimental and regional scales. In the period 1998/99 Brazilian production has increased by 85% a result largely due to the increase in fertilizer consumption. Shade trees are being parsimoniously planted in coffee fields aiming primarily to ameliorate climate conditions, although this serves for cycling of nutrients and to harbor natural enemies of pests. Another recent development is the increase in the arca under irrigation particularly in regions where drought periods are frequent. Fertigation is a practice which also is being adopted. Accompanying a trend of other coffee growing regions, farmers, specially small scale ones, are adopting the practices related to the production of organic coffee due to the higher prices obtained locally and abroad.