Resumo:
A mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae, é uma doença do cafeeiro cuja importância vem aumentando nos últimos anos no Brasil. Este trabalho foi realizado visando a avaliar em mudas de cafeeiro o comportamento de produtos que vêm sendo empregados por produtores em condições de campo para o manejo da doença. Neste estudo produtos formulados com Dióxido de cloro, Hidróxido de cobre, Duo®** (produto microbiológico), Hidróxido de cobre + Dióxido de cloro e Casugamicina foram avaliados cm relação ao seu potencial para o controle da mancha aureolada em mudas de cafeeiro e sobre a inibição do crescimento de culturas bacterianas de P. syringae pv. garcae em meio de cultura nutriente ágar. Os produtos foram adicionados ao meio de cultura nas concentrações de 1, 10, 100 e 1000 μg de ingrediente ativo (i.a.) por litro de meio. Mudas de cafeeiro da cultivar Mundo Novo foram tratadas com os produtos citados e um dia depois foram inoculadas com uma suspensão contendo 106 unidades formadoras de colônias (UFC).mL-1 de suspensão preparada com dois isolados de P. syringae pv. garcae. Avaliou-se a incidência e a severidade (porcentagem de área foliar afetada pela doença) aos 18 e 24 dias após a inoculação, respectivamente. O Dióxido de cloro reduziu o número de UFCs de P. syringae pv. garcae quando adicionado na dose de 1000 μg de i.a. por litro de meio. A Casugamicina e o Hidróxido de cobre reduziram o número de UFCS de colônias quando adicionados na dose de 100 μg de i.a. por litro de meio. Os tratamentos com Dióxido de cloro, nas doses de 1 e 2 L de produto comercial (p.c.) ha-1, Duo®, nas doses 1 e 2 L de p.c.ha-1, Hidróxido de cobre 1 e 2 na dose de 2 litros de p.c ha-1, Casugamicina na dose de 1,5 litro de p.c.ha-1 e a mistura de Hidróxido de Cobre + Dióxido de cloro nas doses de 2 + 1 litros de L de p.c.ha-1 promoveram o controle da mancha aureolada, reduzindo a incidência e a severidade da doença nas mudas de cafeeiro. Estes produtos são promissores para o manejo da mancha aureolada em mudas de cafeeiro, portanto sugere-se que sejam estudados em condições de campo.