É conhecido que a qualidade das culturas dentro de uma mesma área pode variar temporal e espacialmente com o solo, com as condições do ambiente e com a forma de condução das operações agrícolas. Foi desenvolvido um estudo com o objetivo de obter maiores informações a respeito da distribuição espacial da qualidade de bebida do café. O trabalho foi realizado nas safras de 2004 e 2005, no Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa e na fazenda Braúna em Araponga, MG. Nessa propriedade cultivada com café (Coffea arabica L.), foram coletados frutos cereja em todos os talhões produtivos durante duas safras. Estas amostras foram despolpadas, secas e submetidas ao teste de qualidade de bebida. De posse desses dados (notas de qualidade de bebida) foram gerados mapas. Então, a partir desses mapas foi realizado o estudo da autocorrelação ou arranjo espacial da qualidade, por meio do coeficiente de autocorrelação espacial Índice de Moran. Conclui-se que existe na propriedade variabilidade espacial da qualidade de bebida e a mesma apresentou padrões semelhantes para as duas safras consecutivas em estudo. Houve diferença entre as regiões estudadas quanto à autocorrelação espacial e a maneira que a mesma se distribui, destacando-se uma região que, além de possuir distribuição aglomerada, apresentou tendência a produzir melhor qualidade de bebida do café.
It is well-known that the quality of the cultures inside a particular area can vary temporally and spatially with variations in soil, environmental conditions and methodology of agricultural operations. This study was developed with the goal of gathering more information concerning the spatial distribution of the quality of coffee produced at Braúna coffee farm in Araponga, MG. The study concerned harvests in 2004 and 2005, and work was conducted under the Department of Agricultural Engineering at the Universidade Federal de Viçosa. For two consecutive crops, samples of coffee fruit (Coffea arabica L.) were collected from each productive stand. The samples where depulped, dried and submitted to a beverage quality test. The resulting data (beverage quality notes) was used to generate maps. The resulting maps where studied by means of spatial autocorrelation, using a Moran’s Index method. The study showed that spatial variability existed in beverage quality, and similar patterns in quality were apparent in both harvests. These patterns took the form of specific regions that showed a tendency to produce superior coffee.