Resumo:
A maior incidência do ácaro vermelho está associada aos períodos mais secos do ano (inverno) e já se constatou a presença deste ácaro em mais de 30 municípios abrangendo as regiões da Mogiana Paulista, Paulista, Alta Paulista, Noroeste e Sorocabana no Estado de São Paulo. Estes ácaros possuem um hábito peculiar por estarem presentes na página superior das folhas, fator que não proporciona proteção, sendo as chuvas um fator de controle desta praga. No período de janeiro de 2001 a novembro de 2002 foram avaliados extratos aquosos, etanólicos e hexânicos de 16 espécies vegetais, visando o controle do ácaro vermelho do café. Os adultos de O. ilicis foram coletados no município de Espírito Santo do Pinhal, na cultura de café (cv.
Mundo Novo). Após a coleta, os ácaros foram mantidos em casa de vegetação sobre mudas de café (cv. Mundo Novo), com rega manual visando não interferir na população dos ácaros presentes na superfície das folhas. Para avaliar a eficiência de extratos vegetais sobre fêmeas adultas do ácaro O. ilicis, discos de folhas de cafeeiro foram mergulhadas no extrato vegetal por 5 segundos. Ao extrato foi adicionado um espalhante adesivo. Os discos após secagem em temperatura ambiente foram colocados em placas de Petri, sobre algodão umedecido. As fêmeas em número de 20 por parcela foram confinadas na superfície tratada e mantidas em sala climatizada a temperatura de 25 ± 2°C e 70 ± 10% UR e a avaliação de mortalidade realizada após 48 horas. Os melhores resultados foram obtidos com os extratos etanólico e hexânico de Solanum paniculatum,
que apresentaram 48,00 e 46,00% de eficiência, respectivamente; extratos etanólico e hexânico de Dahlia pinnata que apresentaram 54,00% de eficiência; extratos etanólico e hexânico de Dieffenbachia brasiliensis que apresentaram 56,00 e 52,00% de eficiência, respectivamente.
Descrição:
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.