Resumo:
Há evidências positivas da produção de café em sistemas agroflorestais – SAFs em relação a aspectos climáticos, ambientais e econômicos, porém ainda compartimentalizadas, o que impede a formulação de recomendações adequadas de manejos que permitam a manutenção ou incremento da produtividade, atrelado a outros benefícios. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes espécies arbóreas sobre a produtividade e classificação dos grãos por peneiras. O experimento foi instalado em 2012, na estação experimental do IAPAR em Londrina-PR, com sete tratamentos, sendo seis de café consorciado com as espécies de árvores: Moringa oleifera, Croton floribundus, Trema micrantha, Gliricidia sepium, Senna macranthera, Heliocarpus popayanensis, e um de café em monocultivo a pleno sol. O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento. O espaçamento do café IPR 98 foi de 2,5 x 06 m, com as árvores alocadas na linha do café, distribuídas em quincôncio, com uma árvore a cada 11 plantas de café, totalizando 555 árvores por hectare. Avaliou-se a produtividade média do café entre as safras de 2015 e 2018 e a classificação física dos grãos em peneiras nos mesmos anos. As produtividades nos tratamentos de café em monocultivo e café consorciado com M. oleifera foram superiores a de café consorciado com G. sepium. Os demais tratamentos não diferiram destes. Na classificação dos grãos por peneira, não houve diferença significativa entre os tratamentos em nenhum dos anos avaliados.