Resumo:
A poda do tipo esqueletamento é uma prática amplamente utilizada e aceita por parte dos cafeicultores para a manutenção da capacidade produtiva das plantas e manter o porte da lavoura, sendo o sistema “Safra Zero” responsável por eliminar colheitas onerosas em anos de baixa safra. Objetivou-se com o trabalho selecionar genótipos de cafeeiro arábica, que sejam responsivos ao esqueletamento em ciclos de sistema “Safra Zero”. Foram avaliadas 18 progênies em geração F 5 , sendo oito do grupo Catucaí (cruzamento de cultivares do grupo Catuaí com cafeeiros do germoplasma Icatu) e dez descendentes de Híbrido de Timor (cruzamento de Catuaí Vermelho e Amarelo com Híbrido de Timor), assim como 2 cultivares comerciais como testemunhas (Tupi IAC 1669-33 e Obatã IAC 1669-20). O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal de Lavras, sendo podado em agosto de 2014 após a sexta safra e novamente em agosto de 2016, sendo dois ciclos no sistema “Safra Zero”. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (DBC) com três repetições, sendo 20 tratamentos (18 progênies e 2 cultivares comerciais) totalizando 60 parcelas experimentais. Cada parcela foi constituída por 15 plantas. Foi avaliada a produtividade em sacas ha -1 de seis safras anteriores e duas após ao manejo de podas. Para as análises estatísticas utilizou-se o software ‘Sisvar’ versão 5.6, sendo os dados submetidos à análise de variância (ANOVA) e quando detectadas diferenças significativas pelo teste F foi aplicado o teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade para comparação das médias. Foram realizadas comparações com os valores de produtividade, obtendo uma razão (%). O genótipo 12 (H516- 2-1-1-18-1-4) foi responsivo ao esqueletamento e manteve sua produtividade estável nos dois ciclos de poda, sendo eficiente nesse sistema de condução de lavouras.