The coffee leaf miner (CLM) Leucoptera coffeella has a wide distribution and causes significant losses in coffee plantations (Coffea spp.) in Brazil. Its occurrence can be mitigated in intercropped systems, with the rubber tree (Hevea brasiliensis ) adapting well to the consortium, while also providing extra income to the producer. We aimed to determine whether the afforestation influences the microclimate and affects the leaf miner incidence and its predation by wasp in coffee plants intercropped with rubber trees. The study was undertaken in state of Paraná, Brazil, using coffee plants intercropped with rubber trees planted in double rows (alleys) spaced at 13, 16 and 22 m between alleys, and compared to sole cropping coffee plots. From January 2008 to November 2010, the presence of CLM’s lesions including those with signs of wasp predation was monitored in coffee plants intercropped with rubber trees and in the non-consorted coffee. A higher CLM’s incidence was verified in monoculture coffee plots, while coffee plants located under and two meters away from rubber trees had the lowest incidences. CLM’s incidence in intercropping system got higher as it increased distance from the trees. The number of lesions with signs of predation by wasps was positively correlated with the number CLM’s lesions, indicating a density-dependent predator-prey relationship. The coffee plants intercropped with alley rubber trees reduce the CLM’s occurrence and can be a management’s tactic for this economically important pest.
O bicho-mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella possui ampla distribuição e causa perdas significativas nas plantações de café (Coffea spp.) no Brasil. Sua ocorrência pode ser atenuada em sistemas consorciados, com a seringueira (Hevea brasiliensis) adaptando-se bem a consorciação, além de fornecer renda extra ao produtor. O trabalho objetivou determinar se a arborização influencia o microclima afetando a incidência do bicho-mineiro e sua predação por vespas em cafeeiro consorciado com seringueira. O estudo foi conduzido no estado do Paraná, Brasil, sobre plantas de café consorciadas com seringueiras plantadas em filas duplas (aleias) espaçadas a 13, 16 e 22 m entre aleias, e comparadas a parcelas de café em monocultivo. Entre janeiro de 2008 e novembro de 2010, a presença de lesões ocasionadas pelo bicho-mineiro, incluindo aquelas com sinal de predação por vespas, foi monitorada nas parcelas de café consociado com seringueira e nas parcelas de café em monocultivo. Maior incidência de bicho-mineiro foi verificada nos cafeeiros em monocultivo, enquanto plantas de café sob as seringueiras e a dois metros destas exibiram as menores incidências. A incidência do bicho-mineiro do cafeeiro no sistema consorciado foi maior com o aumento da distância das árvores de seringueira. O número de lesões com sinal de predação por vespas foi positivamente correlacionado com o número de lesões do bicho-mineiro, indicando uma relação predador-presa denso-dependente. Plantas de café, consorciado com seringueira em aléias, reduz a ocorrência do bicho-mineiro e pode ser uma tática de manejo para esta praga de importância econômica.