A cafeicultura tem grande importância para a economia do país, sendo o Brasil o maior produtor e exportador de café do mundo. O manejo das plantas daninhas é de grande importância, pois elas competem com o cafeeiro por luz, água e nutrientes. O controle químico é o mais utilizado, destacando-se o uso do glyphosate, que possui ação pós - emergente e não seletivo ao cafeeiro. Porém, quando aplicado pode ocorrer deriva para o cafeeiro, o que pode causar grande efeito colateral a cultura. Nesse sentido, muitos produtores utilizam a aplicação de sacarose com o objetivo de reverter os danos causados pela deriva do herbicida. Objetivou-se avaliar o efeito do uso de sacarose na desintoxicação de plantas de cafeeiro sob efeito da deriva de glyphosate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na UFLA, o delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, disposto em esquema fatorial 3 x3 com 2 tratamentos adicionais, onde utilizaram- se 3 doses de sacarose (2, 4 e 8%) com 3 tempos de aplicação (1, 24 e 168 horas após a intoxicação com 10% da dose comercial de glyphosate) com um adicional que não foi intoxicado e não tratado com sacarose e o outro adicional apenas intoxicado com glyphosate. Após 75 dias de condução, avaliaram-se variáveis de crescimento, fisiológicas e anatômicas. A intoxicação por glyphosate em plantas de cafeeiro em fase de implantação da lavoura prejudica o crescimento da parte aérea, porém sem prejuízos do sistema radicular. Para a desintoxicação de plantas que sofreram deriva de glyphosate, durante o período de implantação da lavoura, deve-se aplicar sacarose na concentração de 2%, o mais rápido quanto possível (próximo a uma hora após a intoxicação) com um volume de calda na ordem de 400 litros por hectare.
Coffee culture has great importance for Brazilian economy, given that Brazil is the largest coffee producer and exporter in the world. The management of weeds is important sense they compete with the coffee plants for sunlight, water and nutrients. Chemical control is the most used, highlighting the use of glyphosate, which presents post-emergence action and is not selective to coffee. However, when applied, a drift towards the coffee plant can occur, causing great collateral effect to the culture. In this sense, many producers apply sucrose with the objective of detoxing coffee plants under the effect of glyphosate drift. The experiment was conducted in greenhouse at the Universidade Federal de Lavras (UFLA), using a completely randomized experimental design, arranged in a 3x3 factorial scheme with 2 additional treatments, in which 3 doses of sucrose (2, 4 and 8%) were applied at 3 application times (1, 24 and 168 hours after intoxication with 10% of the commercial dose of glyphosate). Regarding the additional treatments, one was not intoxicated or treated with sucrose, and the other was only intoxicated with glyphosate. After 75 days of experimentation, we evaluated growth, physiological and anatomical variables. The intoxication by glyphosate in coffee plants during the phase of implantation of the crop, impairs the growth of the shoot, however has no negative effect over the root system. For the detoxing of plants that suffered glyphosate drift during the period of implantation of the crop, sucrose must be applied in the concentration of 2%, as soon as possible (close to an hour after intoxication), with a volume of syrup in the order of 400 liters per hectare.