O presente trabalho se propôs a avaliar o potencial antioxidante e protetor hepático de dois padrões da bebida do café (rio e mole), utilizando modelos in vitro e in vivo. Em todos os experimentos foram utilizadas bebidas preparadas no momento do uso, seguindo a mesma metodologia. Foram determinados o teor de compostos fenólicos, ácido clorogênico, cafeína, trigonelina e extrato aquoso das bebidas. A avaliação in vitro do potencial antioxidante foi investigada pelos métodos de captação do radical DPPH e pelo poder redutor. Com o intuito de avaliar o papel hepatoprotetor do café contra o estresse oxidativo in vivo, os animais receberam doses intraperitoneais de tetracloreto de carbono e doses diárias de café por gavagem. Após o tratamento foi traçado o perfil hepático dos animais por meio dos parâmetros bioquímicos AST, ALT, GGT, fosfatase alcalina, glicose e uréia. Os dois padrões de bebida do café analisados não apresentaram diferenças estatisticamente significativas quanto aos parâmetros cor, extrato aquoso, ácido clorogênico e cafeína. O café in natura bebida rio apresentou maior teor de polifenóis e trigonelina que o café bebida mole. Houve diminuição dos teores de compostos fenólicos, ácido clorogênico e trigonelina após a torração. A bebida do café independente da qualidade sensorial apresentou alto poder redutor e importante atividade seqüestrante de radicais livres. O café administrado inibiu significativamente a peroxidação lipídica induzida pelo tetracloreto de carbono (p<0,05) quando comparada ao controle. O tratamento com café torrado bebida mole foi eficaz na proteção do fígado dos animais contra a injúria provocada pelo tetracloreto de carbono, sendo este efeito hetoprotetor comprovado pelas provas da função hepática. Os dados obtidos permitem sugerir que a bebida do café apresenta potencial atividade antioxidante e considerável efeito hepatoprotetor.
The present work had the purpose of evaluating the antioxidant potential and liver protector effect of two coffee sorts (soft and river), being used models in vitro and in vivo. In all the experiments had been used beverages prepared at the moment of the use, following the same methodology. Had been determined the phenolic composite content, chlorogenic acid, caffeine, trigonelline and watery extract of the beverages. The evaluation in vitro of the antioxidant potential was investigated by the methods of captation of radical DPPH and by the reducing power. With intention to evaluate the hepatoprotector paper of the coffee against it in oxidative stress in vivo, the animals had received intraperitoneally doses from carbon tetrachloride and daily doses of coffee for gavage. After the treatment was traced the liver profile of the animals by means of the parameters biochemists AST, ALT, GGT, alkaline phosphatase, glucose and urea. The two analyzed sorts of coffee had not presented statistic differences for the parameters color, watery extract, chlorogenic acid and caffeine. The raw coffee in river beverage presented greater content of phenolics and trigonelline that the coffee soft beverage. It had reduction of phenolic composite content, chlorogenic acid and trigonelline after the toast. The coffee independent of the sensorial quality presented high reducing ability and important captation activity of free radicals. The managed coffee significantly inhibited the induced lipid peroxidation for the tetrachloride (p<0,05) when compared with the control. The treatment with toasted coffee soft beverage was efficient in the protection of the liver of the animals against the injury provoked for the carbon tetrachloride, being this hetoprotector effect proven by the tests of the liver function. The achieved data allow suggesting that coffee presents potential antioxidant activity and considerable hepatoprotector effect.