O café, como produto da pauta de exportações, é um importante gerador de divisas, além de movimentar o comércio interno brasileiro. Também é uma das principais culturas do agronegócio nacional, responsável pela geração de emprego e renda em diversos estados brasileiros. Os principais estados produtores de café são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia. Minas Gerais destaca-se como o maior estado produtor, além de ser também o maior exportador e um dos principais produtores de cafés especiais do país. Duas regiões mineiras produtoras de café se destacam por apresentarem características bem distintas em relação ao sistema produtivo, as quais podem ser denominadas “Sul de Minas” e “Cerrado”. As duas regiões, juntas, representam 66% das exportações mineiras de café. A análise da eficiência pode ser fundamental tanto para fins de planejamento, quanto para auxiliar os cafeicultores na tomada de decisões que busquem melhorias na gestão de suas propriedades, além de auxiliar o desenvolvimento de políticas favoráveis à melhoria de seu desempenho. No entanto, a omissão de variáveis ambientais na determinação da eficiência técnica pode viesar os resultados, uma vez que as escolhas de insumos dos agricultores normalmente respondem, em parte, às condições ambientais. O fato das condições ambientais de produção raramente estarem simetricamente distribuídas, a sua não consideração também leva, muitas vezes, a uma superestimação da eficiência técnica. Sendo assim, este estudo buscou analisar a eficiência técnica de cafeicultores das regiões Cerrado e Sul de Minas Gerais e verificar como a inclusão de variáveis climáticas poderia alterar a análise. Para isso, utilizou-se como ferramenta analítica uma fronteira de produção estocástica. Os resultados permitiram concluir que, ao analisar a eficiência média dos produtores observa-se impacto muito pequeno da adição das variáveis climáticas para a determinação da eficiência técnica. No entanto, ao analisar a eficiência de cada um dos produtores e também considerando separadamente as regiões estudadas, é possível identificar que há alguma influência de variáveis ambientais para a determinação da eficiência técnica, ainda que relativamente modesta. O número de produtores nas classes mais altas de eficiência diminuiu quando foi considerado o impacto da precipitação. Ressalta-se que este resultado é referente ao cenário climático atual. Em decorrência das mudanças climáticas que estão ocorrendo, estes resultados podem sofrer grandes alterações.
Coffee, as a product of exports, is an important foreign exchange generator besides, it moves the internal trade in Brazil. It is also one of the main cultures of national agribusiness, responsible to jobs creation and income in many Brazilian states. The main coffee producing in Brazil are Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, and Bahia. Minas Gerais is the most prominent region in coffee production, and it is also the major in export in addition to be the main producer of special coffee of the country. Two regions from Minas Gerais are prominent for exhibit different characteristics in relation to the coffee production system, they are: “South of Minas” and “Cerrado”. These regions together represents 66% of Minas Gerais coffee exports. The analysis of efficiency can be fundamental to planning and help the coffee farmers to make decisions in order to improve their properties management and to assist in the development of policies to make its performance better. However, the results can be modified by the omission of environmental variables in the determination of technical efficiency, because the choice of farmers’ inputs respond, in parts, to the environmental conditions. The environmental conditions are often not symmetrically distributed, but don’t consider it can lead to overestimate technical efficiency. In that way, this study aimed to analyze the coffee planters technical efficiency in Cerrado and South of Minas Gerais and verify how climate variables (precipitation and temperature) could modify the results. For this, it was used as analytical tool a stochastic frontier production. Based on the results, we first observed a very small impact of the addition of climate variables to determine technical efficiency. However, analyzing the producer’s efficiency and viewed separately each region is possible to identify some influence of environmental variables to determine the technical efficiency, still fairly modest. The number of producers in high classes decrease when it was considerate the rainfall impact. We emphasize that this result is related to the current climate scenario. As a result of climate changes that are occurring, these results may change significantly.