Resumo:
O Brasil é o maior produtor, exportador e o segundo maior mercado consumidor de café do mundo. Segundo dados da CONAB (2015), a primeira estimativa para a produção da safra cafeeira (espécies C. arabica e C. canephora) em 2015 indica que o país deverá colher entre 44,11 e 46,61 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado. O resultado representa desde uma redução de 2,7% a um crescimento de 2,8%, quando comparado com a produção de 45,34 milhões de sacas obtidas no ciclo anterior. Um dos aspectos mais relevantes para atender a demanda do mercado é o custo de produção, no entanto, diferentes intempéries durante o processo produtivo como: incidência de pragas, doenças e nematoides, acabam diminuindo a renda final dos produtores de café. No Brasil programas de melhoramento genético vem sendo estudados de forma a se obter melhor vigor e produção das plantas de C. arabica. Porém devido à propagação do Coffea arabica ser feito de forma seminífera, o tempo para avanço de linhagens e fixação dessas características demanda bastante tempo e recurso. A propagação clonal poderia ser uma alternativa de modo a diminuir o tempo de avanço destas linhagens. Os cafeeiros da espécie arábica não produzem naturalmente um grande número de ramos ortotrópicos, dificultando a multiplicação por estaquia, que seria uma técnica mais simples e com menor custo de produção, por muda em comparação com a micropropagação. Uma forma alternativa, utilizada com êxito na propagação do eucalipto, é a propagação por miniestaquia, a qual consiste na poda do ápice da planta, formando a minicepa, que em intervalo de tempo variável emite as brotações que serão utilizadas para a confecção das miniestacas. Em plantas de C. arabica o número de brotações pode ser aumentado com a aplicação de reguladores de crescimento. Assim o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de reguladores de crescimento na emissão e desenvolvimento de brotações axilares do Coffea arabica. O experimento foi instalado em delineamento experimental de blocos casualizados, com dez tratamentos compostos pelos reguladores de crescimento: T1 (Controle); T2 (Stimulate+ Sturdy+ Enervig); T3 (Stimulate+ Vitakelp +Byozime); T4 (Tiba+ Sturdy+ Enervig); T5 (Tiba+ Vitakelp +Byozime); T6 (Brs + Sturdy+ Enervig) T7 ( Brs+ Vitakelp +Byozime); T8 (Stimulate); T9 (TIBA); T10 (Brassinoesteróide) com quatro repetições, sendo cada parcela constituída por duas planta. Os parâmetros biométricos das plantas foram avaliados durante o experimento. Também foram avaliados parâmetros referentes ao pegamento das miniestacas após 25 dias de transplantio em casa de vegetação. Os resultados foram submetidos a análises de variância e comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Pode-se concluir que os tratamentos a base de TIBA influenciaram no número de brotações por planta.