Resumo:
Os dois principais problemas de natureza fitossanitária em lavouras cafeeiras no Brasil têm sido a ferrugem e o bicho-mineiro, ambas causando desfolhas graves e prejudicando significativamente o crescimento e a produtividade das plantas. O controle químico da ferrugem e do bicho-mineiro é viável e econômico, porém não tem eficiência completa e aumenta os custos de produção do café. O uso de cultivares com resistência seria uma medida importante para reduzir as perdas e os custos, especialmente nas condições onde o controle químico é dificultado, como em regiões montanhosas e em pequenas propriedades, com menor nível tecnológico. Nesse contexto, a Fundação Procafé, em parceria com a Embrapa Café, tem trabalhado para o desenvolvimento de cultivares resistentes. Este trabalho relata o desenvolvimento de uma cultivar com resistência à ferrugem e ao bicho-mineiro, denominada de Siriema AS1. A Siriema AS1 apresenta porte baixo e maturação precoce, sendo indicada para regiões frias, a fim de escalonar a colheita. Devido à sua alta resistência ao bicho-mineiro e à ferrugem, é recomendada para produtores localizados em regiões montanhosas, onde há dificuldade do controle químico de pragas. Esta é a primeira cultivar de C. arabica com resistência ao bicho-mineiro.