Resumo:
Dada a semelhança das variações das cotações do café do mercado futuro elas podem ser utilizadas como indicadoras do preços à vista e o conhecimento da relação dos dois preços pode ser útil ao cafeicultor ao possibilitar proteção a mudanças desfavoráveis dos preços, ao permitir previsão de melhores momentos para venda, ao contribuir para melhor planejamento da atividade cafeeira e para maior eficiência na comercialização do café. Nesse trabalho procurou constatar a relação desses dois preços. Foram feitas análises das bases, do risco de base, da razão de hedgee spread. Foram utilizadas séries das cotações diárias dos contratos na bolsa de Nova York e dos preços vigentes no mercado físico, de janeiro a dezembro de 2011. As análises permitiram constatar alta relação dos dois preços e volatilidade do preço à vista menor do que a das cotações futuras. Que as cotações dos contratos com vencimento em março são as que mais distanciam e as dos contratos com vencimento em setembro as que mais se assemelham aos preços à vista. Como conclusão pode-se inferir que é pertinente a utilização das cotações futuras para antever preços no mercado físico e para planejar negociações de café; que de janeiro a maio, período que antecede a entrada da nova safra de café no mercado, negociações no mercado físico baseadas nos valores das cotações dos contratos de vencimentos em setembro oferecem maiores retornos pois são, em média, de bases maiores. De agosto a novembro a maior oferta do produto no físico determina menores bases e alto risco de descolamento do valor das cotações e preço do café à vista, não sendo adequado o uso das informações do mercado futuro para antever preços no físico.