Resumo:
Em geral, a poda do tipo esqueletamento permite recuperação mais rápida da produtividade e incremento na rentabilidade econômica da lavoura. No entanto, condições peculiares do sistema de cultivo das lavouras podem demandar distintas formas de aplicação do esqueletamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta do cafeeiro arábica em baixa densidade populacional a diferentes podas do tipo esqueletamento nas condições edafoclimáticas da Região do Caparaó Capixaba. O experimento foi instalado em Iuna/ES (750 m altitude), lavoura de café Catuaí Vermelho IAC – 44, com 15 anos de idade, espaçamento 3,0 x 1,2 m (2.777 plantas/ha) em solo LVA. O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com seis tratamentos, três repetições de três linhas com sete plantas/linha. Foram avaliados os tratamentos T1- Esqueletamento convencional; T2 – Esqueletamento lado de cima da linha; T3- Poda com limpeza da saia; T4- Esqueletamento com 2/3 dos ramos inferiores; T5- Esqueletamento a cada dois anos (safra-zero); e T6- Testemunha sem poda. O ensaio teve início em agosto/2016, quando todas as parcelas receberam cinco diferentes tipos de poda de esqueletamento com condução por quatro safras consecutivas. As produtividades obtidas nos diferentes tratamentos não apresentaram diferença; entretanto, notou-se tendência de superioridade no longo prazo para o esqueletamento convencional. A semelhança entre os tratamentos possibilita ao cafeicultor adotar aquela de menor custo para sua execução e que mais favoreça os tratos culturais. As podas conduzidas não provocaram morte das plantas; o tratamento sem intervenção (testemunha) e o esqueletamento bienal possibilitaram maior vigor vegetativo na cultivar avaliada.